160 startups desenvolvem Cidades Inteligentes no Brasil

As cidades têm enfrentado uma série de desafios: com o aumento da população, cresce a pressão sobre os recursos, torna-se mais complexa a gestão e o planejamento urbanos, entre outros fatores que ameaçam a qualidade de vida da enorme maioria da população global. 

Diante desse cenário, uma série de soluções têm sido desenvolvidas mundo afora. Somente o Brasil já conta com 166 startups dedicadas à causa das cidades inteligentes, que receberam US$ 49,4 milhões em aportes neste ano. Os dados são do Distrito Smart Cities Report.

Quase um terço das startups que fomentam as cidades inteligentes oferecem soluções voltadas à mobilidade. Em segundo lugar estão as startups que solucionam problemas relacionados à gestão de água e energia. Apesar do foco ser cidades inteligentes, as soluções para administração e governança municipal são uma das menos frequentes, uma vez que diversas barreiras se fazem presente para o desenvolvimento dessas sinergias entre setor público e privado.

O maior modelo de negócio para startups que procuram fomentar as cidades inteligentes é o B2B, seguido pelo B2B mais B2C, e depois pelo B2C. Já o maior estirão no crescimento de startups relacionadas a cidades inteligentes foi o período entre 2015 e 2018. Além disso, 66,7% das startups levantadas pelo estudo surgiram nos últimos cinco anos.

De 2010 a 2020, mais de US$331 milhões foram investidos em startups com soluções para cidades inteligentes. Apesar do grande volume de investimento, houveram apenas 42 deals, com apenas 35 deles tendo seu valor anunciado. O ano com o maior volume de investimento foi 2017, com quase dois terços do valor total.

A maioria das startups de cidades inteligentes fica no sudeste, com São Paulo abrigando 42% das startups mapeadas. O sul fica em segundo lugar, com 25,4% das startups. Santa Catarina é notável por ser o segundo estado com maior número de startups de cidades inteligentes, contabilizando cerca de 10%. No nordeste, Pernambuco é o estado de destaque, com um total de 2,4% das startups do estudo.