Conexão de Empresas e Startups

22/6/20
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Publicado por 
Hélice

O Instituto Hélice realiza o processo de conexão com startups de forma contínua, com um novo processo se iniciando a cada 2 meses

Conexão de Empresas e Startups
Conexão de Empresas e Startups

Você já deve conhecer a história sobre o Instituto Hélice ter nascido a partir de uma experiência bem-sucedida de conexão de grandes empresas com startups. Facilmente este é o processo que as pessoas reconhecem a Hélice – ainda que a gente realize muitas outras ações. Mas não é à toa, além de representar muito bem o Instituto, a conexão com startups gera ótimos resultados para as empresas e para a região da Serra Gaúcha.

Uma pergunta recorrente é "Por que startups?". Bom, dos vários benefícios que vamos citar a seguir, poderia resumir em uma expressão: comprar tempo. E isso vale tanto para empresa quanto para a startup.

Tome por conta a seguinte situação: uma grande empresa precisa tornar algum processo da sua operação mais rápida, barata, inteligente ou confiável. Pense em qualquer processo operacional: recrutamento e seleção, análise de crédito, inspeção de qualidade, roteirização logística, acompanhamento de leads, reembolso de viagens, segurança do trabalho, entre infinitos outros... Agora pense na condição da própria empresa desenvolver uma solução internamente. Possivelmente seria um projeto que duraria em torno de 6 a 12 meses, com envolvimento de pessoas de diferentes áreas, e um investimento que pode variar de R$ 50 mil até alguns milhões, diríamos. Com uma startup, este projeto tomaria, na média, 2 meses a um custo que pode chegar a 1 décimo do desenvolvimento interno.

Entretanto, mais importante que estes valores, é que a solução será desenvolvida por profissionais que são especialistas na tecnologia e conhecem muito profundamente este desafio. Ao passo que, com o desenvolvimento interno, a empresa estaria dedicando esforços para uma atividade que não é a sua finalidade e que ela não é especialista. O nível de solução de uma startup e de um desenvolvimento interno é incomparável. Em tempos em que o mercado exige mudanças rápidas e foco estratégico é chave, o único caminho para a transformação é através de inovação aberta. Especialmente em um contexto de reajuste da economia, observamos o papel importantíssimo que as startups tem realizado na entrega de soluções no curto prazo, ajudando grandes empresas se adaptarem com velocidade. É como um rebocador conduzindo um navio por águas rasas.

Esta é a parte da análise de benefícios quantificáveis. Os aprendizados com a Hélice mostram que o relacionamento com startups traz alguns benefícios intangíveis que impactam diretamente na cultura da grande empresa:

  • → Contato com tecnologias de ponta – que normalmente equipe interna não teve a oportunidade de conhecer e explorar;

  • → Metodologias ágeis, com feedback contínuo;

  • → Cultura ágil, com processos de tomada de decisão curtos;

  • → Experiência de muitos outros clientes, trazendo aprendizados para o processo da empresa.

Do lado da startup o primeiro benefício esperado é, naturalmente, a conquista de um cliente de grande porte. Mas observar essa questão estritamente pelo viés de ganho de receita é limitado. A relação comercial com a grande empresa traz consigo uma oportunidade riquíssima de aprendizado para tanto para o desenvolvimento pessoal do empreendedor, quanto para o próprio modelo de negócio da startup. Não raro acontecem mentorias de executivos junto ao empreendedor, informalmente, combinando experiência e agilidade. Hoje, o Hélice está pilotando um programa de mentoria estruturado que visa tornar essas experiências mais explicitas e proveitosas. Além de ser um case a ser explorado pela startup, a conexão com uma grande empresa se torna uma oportunidade de validação do produto, que possivelmente será executava por milhares de usuários colaboradores.

Atualmente, o Instituto Hélice realiza o processo de conexão com startups de forma contínua, com um novo processo se iniciando a cada 2 meses. Este processo funciona da seguinte forma:

1. Os temas são definidos a partir do interesse comum das empresas associadas, compartilhando as suas dores, que por sua vez são transformados em desafios.

2. Estes desafios são lançados no nosso site e para uma rede de parceiros, entre eles a ACE, Darwin, Ventiur, Semente Negócios e Sebrae-RS.

3. A Startup interessada, se inscreve no site helice.network.

4. As empresas analisam as startups e aquelas do interesse da maioria são convidadas para o pitchday.

5. O pitchday é realizado com a participação da equipe técnica e executiva das empresas. Cada startup tem 10 minutos para se apresentar e 20 minutos para perguntas. Neste momento, as empresas preenchem um formulário de feedback sobre a startup e se tem interesse em conversar com a startup sobre um POC (prova de conceito).

6. A startup recebe um relatório com o feedback estruturado e com as empresas que demonstraram interesse. Nos próximos 30 dias ocorrem as conversas sobre o escopo da POC.

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Recentemente adaptamos o nosso processo para acontecer 100% virtual e tem sido muito animador. Além de reduzirmos os custos com deslocamento, temos a adesão de muitos mais participantes, os pitchs são gravados e as conversas costumam ser muito mais objetivas. Possivelmente não voltaremos atrás na opção presencial tão cedo.

Neste ano trabalhamos os temas de saúde, educação e, mais recentemente, bots, tendo a participação de 80 startups do país inteiro. Temos nos diferenciado por ter um processo estruturado e focado no estabelecimento de uma relação comercial. Nós não convidamos as startups para realizar um evento de sensibilização das empresas. O objetivo é encontrar uma solução com uma tecnologia diferenciadora e de rápida implantação.

Este processo, sendo realizado de forma contínua, tem produzido um efeito que sonhávamos há 2 anos: colocar a região da serra gaúcha no mapa dos ecossistemas do Brasil. Não raro, ouvíamos que as empresas locais eram fechadas e não recebiam bem startups. O simples movimento de abrir as empresas para a colaboração transformou este cenário, gerando impactos econômicos. Hoje, este processo começa a mostrar resultado a partir das contratações que estão sendo realizadas e do reconhecimento das startups de que este é um destino com potencial de inovação!

Por fim, o Hélice agradece a participação de todas as empresas do Instituto que estão abertas a inovar. Mais do que nunca, a inovação aberta tem um papel chave na sobrevivência das startups. Por isso, reforça o convite para que os empreendedores do país inteiro juntem-se a este movimento e tenham a Serra Gaúcha como um local onde de ótimas parcerias.

Para conhecer mais sobre o Instituto, clique abaixo:

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* Material produzido pelo Instituto Hélice.

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