EdTechs apontam crescimento impulsionadas pela pandemia

27/10/20
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Publicado por 
Redação Start

Existem cerca de 797 edtechs no país cadastradas na base de dados da Abstartups

EdTechs apontam crescimento impulsionadas pela pandemia
EdTechs apontam crescimento impulsionadas pela pandemia

Devido ao isolamento social, muitos setores tiveram que se reinventar. E, um dos que mais sofreu impacto com certeza foi a educação. De acordo com o mapeamento feito pela Associação Brasileira das Startups (Abstartups), existem cerca de 797 edtechs no país cadastradas na base de dados da associação, o StartupBase. Em janeiro/2020 esse número chegava a 763, ou seja, um aumento de 4,4%.

Os dados destacam o potencial de crescimento. Isso porque, devido a pandemia do novo coronavírus o uso de ferramentas tecnológicas se fez cada vez mais necessário, tanto no âmbito educacional, para os estudantes manterem os estudos de forma online, como corporativo para que as empresas possam treinar os seus colaboradores com o objetivo de desenvolver habilidades específicas e fazer com que eles se sintam motivados, fator muito importante nesse momento.

Algumas startups estão se destacando e crescendo durante esse período. Como é o caso da Sambatech, que tem como propósito levar o conhecimento a todos os cantos do país. Para isso, a edtech desenvolve soluções de tecnologia para ajudar empresas, cursos livres, preparatórios e instituições de ensino, a fazer com que o seu conhecimento chegue à sua audiência - alunos e funcionários - com qualidade, escalabilidade, interatividade e segurança. Em 2020, a Sambatech atingiu a marca de mais de 14 milhões de alunos estudando por meio da sua tecnologia.

Outra que tem notado um aumento é a Desenrolado, maior produtora de conteúdo digital educacional do Brasil. Com mais de 20 mil conteúdos produzidos e 500 mil alunos impactados, a edtech tem como objetivo melhorar o engajamento dos alunos durante processo de aprendizagem por meio de videoaulas personalizadas, vlog, audiolivro, chats, podcasts, trilhas digitais, dentre outros materiais educacionais.

Para se ter uma ideia de como os conteúdos digitais contribuíram com o processo de aprendizagem em 2020, um levantamento feito pela EdTech por meio do Desenrolou - canal da empresa no Youtube, mostrou que os vídeos educacionais presentes em plataformas dos sistemas e indicados pelos professores têm potencial de possuir uma retenção em média 30% maior do que o mesmo vídeo quando ele não é indicado pelo professor e está numa plataforma aberta como o Youtube.

A Inteceleri Tecnologia para Educação, especializada em tornar o ensino da matemática interativo e divertido, também apresentou considerável crescimento durante a pandemia. A startup acelerada pelo programa InovAtiva Brasil desenvolveu um jogo educativo digital que usa a cor com um gatilho de memória e promove exercício neurolinguístico. Hoje, com quatro anos de existência, já atingiu mais de 300 mil alunos no Pará e Ceará. Somente no mês de abril a solução foi adquirida por 10 novas instituições públicas e particulares de ensino, reunindo mais 55 mil usuários beneficiados. Até o final de 2020 a expectativa é de que mais 500 mil alunos sejam impactados.

Fundada em 2017, o Blox EdTech especialista em flexibilização curricular para Ensino Médio e Ensino Superior e surge como uma alternativa ao tradicional “Sistema Seriado”; de ensino, pois oferece uma proposta única e interativa, que inverte a lógica da educação. Com o Blox, o aluno realiza suas escolhas de disciplinas, acompanha seu desenvolvimento de áreas e competências e a instituição gere facilmente currículos flexíveis. Além disso, também entrega ganhos de eficiência operacional às instituições ao otimizar ensalamento e permitir grande sinergia entre diferentes cursos. A startup atende atualmente 15 clientes e possui cerca de 35 mil licenças de alunos negociadas, em que 80% deste total se refere à alunos do Ensino Superior.

Ainda dentro desse ecossistema temos a Awari, que foi fundada em 2018 e tem o propósito de disponibilizar educação de qualidade unindo o melhor do conhecimento teórico com as melhores práticas do mercado por meio de mentorias personalizadas com profissionais experientes e que atuam em grandes empresas.

A ideia surgiu após o fundador, Fabio Muniz, observar a dificuldade para encontrar materiais de alta qualidade e aplicabilidade em um único lugar e de uma profunda desilusão com o ensino de tecnologia nas instituições de ensino tradicionais. Com a Awari, Fabio deseja suprir a demanda do mercado por profissionais altamente capacitados na área da tecnologia e, consequentemente, revolucionar o mercado de educação oferecendo cursos com qualidade, agilidade e aplicabilidade prática.

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