Empresas de crowdfunding registram crescimento durante pandemia

5/5/20
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Publicado por 
Redação Start

Sites de financiamento coletivo tiveram aumento em projetos de captação e em valores apoiados

Empresas de crowdfunding registram crescimento durante pandemia
Empresas de crowdfunding registram crescimento durante pandemia

Você já deve ter se deparado com alguma campanha virtual de financiamento coletivo. Conhecido como crowdfunding, esse segmento é uma plataforma de captação e doação financeira para projetos. Conversamos com dois sites de arrecadação, que registraram crescimento durante a pandemia da Covid-19.

Campanhas realizadas por celebridades, arrecadações para ONG’s, Hospitais, Municípios e Estados são exemplos de ações criadas no site Vakinha. Conforme o sócio e diretor de relacionamento da empresa, Flávio Steffens, a procura aumentou significativamente a partir de 18 de março. Apenas no Vakinha, existem mais de 500 campanhas voltadas à pandemia. O crescimento chegou a 100% no período.

“São vários nichos de campanha, para cestas básicas, entidades carentes, materiais de higiene, ajuda para profissionais liberais, muitas vezes de comunidades locais, como vendedor de pipoca ou salão de beleza”, conta.

Entretanto, não foi somente a criação de campanhas que aumentou. Flávio comenta que houve um crescimento também nas doações.

“Vimos muitas doações recorrentes, pessoas doando em diversas campanhas. É legal ver que as pessoas não só se mobilizaram para criar as campanhas, como também estão dispostas a doar para fazer a roda girar”, destaca.

Como exemplo disso, Flávio relembra a live realizada pelo cantor Xand Avião, que arrecadou R$ 322 mil em uma campanha na Vakinha.

“É muito bacana ver esse movimento acontecendo nos nichos mais variados possíveis, de todas as frentes. Percebemos que as pessoas estão engajadas querendo doar. Algumas campanhas chegaram a arrecadar mais de R$ 700 mil”, aponta.

Para Renata Battistelli, Head de Marketing da APOIA.se, a tecnologia é uma ferramenta que conecta e facilita a relação de quem precisa de ajuda e de quem pode ajudar.

“Assim, a própria sociedade civil tem se autogerido para distribuir e pulverizar recursos para onde eles são mais necessários. Com a tecnologia, conseguimos não só ampliar o disseminação da potência coletiva, como também seguir operando, enquanto empresa proponente, mesmo em tempos de quarentena”, salienta.

Na opinião de Renata, a facilidade tecnológica permitiu uma procura maior por plataformas de financiamento coletivo como alternativa. “É um recurso ágil que independe de instituições regulatórias ou burocráticas. A necessidade de mobilização coletiva aumentou, e essa é a essência do crowdfunding”, frisa.

Para a APOIA.se, os três principais eixos de campanha identificados durante a pandemia foram o auxílio/suporte para pessoas em situação de vulnerabilidade social; os trabalhadore(a)s autônomos; e as estruturas de saúde e bem estar.

“Iniciativas como arrecadação de verba para compra de alimentos e itens básicos de sobrevivência vêm buscando a modalidade de financiamento pontual. Assim como muitos profissionais autônomos, que trabalhavam majoritariamente de maneira presencial, têm encontrado na modalidade contínua por mês uma forma de conseguir se manter financeiramente até a normalização das suas atividades. Nessa categoria há uma predominância da comunidade artística, músicos, instrumentistas, ilustradores e festivais culturais”, explica Renata.

Ela também explica que os espaços físicos e os centros culturais, bares e restaurantes também têm optado pelo financiamento coletivo na busca de arrecadar verba para suas despesas básicas, como água, luz e aluguel. Ao todo, a APOIA.se percebeu aumento de mais de 50% no número de novos apoios (para todas as modalidades de campanha), e o valor arrecadado quase triplicou desde o começo da pandemia no Brasil.

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