Entenda como a inteligência artificial está revolucionando o setor da saúde

Não é de hoje que a área da saúde está desenvolvendo soluções baseadas na inteligência artificial (IA) para oferecer cada vez mais agilidade e recursos para os pacientes. A implementação da tecnologia vem sendo utilizada como ferramenta de suporte para a decisão de médicos e enfermeiros e ganhou velocidade, principalmente agora na luta contra a disseminação da Covid-19.

De acordo com o relatório da Accenture "AI: Build to Scale", 84% dos gestores C-Level acreditam que devem aproveitar a IA para atingir os objetivos de crescimento da sua empresa e isso inclui a área da saúde, já que a tecnologia proporciona a captura de dados pré-existentes e resoluções com o mínimo de interferência humana.

O recurso integra diversos sistemas e ferramentas que são úteis para profissionais do setor da saúde que precisam tomar decisões delicadas sobre cada paciente. A presença da IA no dia a dia de médicos e enfermeiros só tende a crescer, um estudo da Allied Market Research indica que o mercado global de big data para saúde é de $16.87 bilhões em 2017 e pode chegar a $67.82 bilhões até 2025.

Um exemplo de empresa que traz soluções com inteligência artificial para médicos é a NeuralMed, startup que desenvolve soluções de auxílio à triagem e tomada de decisão para instituições de saúde. Ela utiliza a Inteligência Artificial para analisar imagens e textos médicos e múltiplas modalidades de forma simultânea a fim de melhorar a qualidade do atendimento hospitalar.

Outra startup que vem se destacando é a W3.Care, healthtech pioneira e referência no desenvolvimento de tecnologias com inteligência artificial para atendimento de urgência e emergência. Atualmente, oferece três programas de atendimento - o Teletrauma, com suporte completo ao atendimento de traumas; o amIA, para atendimento de pacientes com dor torácica e pré diagnóstico do infarto agudo e TeleCare®, com a proposta de oferecer um canal aberto e seguro entre profissionais de saúde e pacientes. Além disso, em 2020 desenvolveu o TeleCOVID, plataforma de telemedicina para atendimento direto às pessoas com sintomas do novo coronavírus.

A CogniSigns, empresa acelerada pelo InovAtiva de Impacto em 2019, usa inteligência artificial para transformar computadores, smartphones e tablets em dispositivos capazes de realizar triagem digital focada em superdotação e transtorno de espectro do autismo. Segundo sua pesquisa, as duas características têm aspectos em comum. No Brasil, apenas 0,04% dos superdotados são identificados e 0,15% dos autistas são assistidos. Por isso, seu trabalho é de inverter o fluxo do processo diagnóstico para facilitar o processo e antecipar o atendimento médico especializado.

Sob o conceito de Saúde Digital, a Telavita é uma clínica de saúde mental online que tem como objetivo conectar profissionais da psicologia brasileira a pacientes de todo país, por meio de uma tecnologia robusta, ágil e segura. Todo o processo de escolha, agendamento e atendimento de sessão é realizado em ambiente digital, com as devidas autorizações do Conselho Federal de Psicologia.

O Sidia Instituto de Ciência e Tecnologia, empresa que realiza a implementação de soluções digitais inovadoras para o mercado local e global desenvolveu o aplicativo Hey Team, que ajuda as empresas monitorarem os casos suspeitos de Covid-19 entre os funcionários e evitar novas infecções no ambiente de trabalho. Ele permite que os colaboradores que apresentarem sintomas façam uma autoavaliação e os dados são enviados diretamente para a companhia. Atualmente o Hey Team já é utilizado por cerca de 15 países.

Para atender as necessidades do cenário atual de cuidados remotos, o Sidia está criando a Health Data Lab, uma nova área de desenvolvimento de projetos cujo objetivo é aliar tecnologia a recursos que possam ajudar as pessoas a cuidar da saúde.