Inovação não tem idade: conheça a história de Beta Menda

Gaúcha de Porto Alegre, Roberta Menda, de 10 anos, dá exemplo para muitos ao compartilhar sua história de vida. Beta, como prefere ser chamada, nasceu com bridas amnióticas, situação em que pedaços de um tecido semelhante à bolsa amniótica enrolaram-se em seus braços e impediram que alguns de seus dedos se desenvolvessem. Ao longo de sua infância, Beta lidou com muitos obstáculos por conta de sua condição, mas soube tirar o melhor disso: escreveu um livro e se tornou palestrante.

A história de inovação de Beta começa ainda na escola. Ao sair da aula, quando tinha apenas sete anos, alguns colegas tiraram sarro de suas mãozinhas. Chateada com a situação, chegou em casa e compartilhou o sentimento com a sua mãe. Juntas, decidiram tirar algo de bom do acontecido. Foi neste momento que Beta decidiu escrever um livro contando como se sentia.

Beta afirma que a ideia do livro, intitulado O diário das minhas mãozinhas, era de representar outras pessoas com deficiência e, ao mesmo tempo, de mostrar os demais deveriam lidar para não constrangê-los.

Depois de lançar seu livro, Beta foi convidada por uma relações públicas gaúcha, chamada Miriã Antunes, para uma palestra. Desde então, já foram nove palestras, em que conta sua história, compartilha desafios e incentiva o público a lutar por seus sonhos.

“Eu gosto de inspirar as pessoas, falar de respeito, empatia, superação e mostrar que não existe idade pra gente tirar os nossos sonhos do papel. Eu sempre digo que quem quer fazer alguma coisa tem que ir lá e tentar”, afirma Beta.

A última palestra foi realizada durante a Gramado Summit 2021, no palco Minas de Propósito. “Foi uma experiência muito divertida e eu gostei muito. Foi muito desafiador. No início eu estava bem nervosa, mas depois passou e eu adorei. Significa que realmente gostam do que eu falo e me senti bem feliz e importante”, comenta.

Agora, Beta está lançando seu segundo livro: As Aventuras de Beta. “Também quero continuar dando palestras e poder inspirar, pelo menos um pouquinho, as pessoas. Fico feliz quando faço as palestras, me faz muito bem”, completa.