Confirmou-se o boom de soluções inovadoras em edtech no intervalo 2012-2017, quando foram fundadas mais de 200 startups. Percebese um aumento do número de startups nessa faixa com relação ao estudo anterior, o que se deve ao aprimoramento da capacidade de rastreio do ecossistema.
Vale destacar que a queda registrada nos últimos anos não reflete a taxa real de fundação de novas startups, mas sim a dificuldade maior de encontrar empresas recém-nascidas, ainda com pouca visibilidade no mercado.
Quase 70% das edtechs possuem até 20 funcionários, um número que indica iniciativas ainda em processo de consolidação. Chama atenção que 15% possuem de 100 até 500 funcionários, um número considerado alto dentro do universo das startups.
É possível observar um predomínio de soluções educacionais oferecidas diretamente ao consumidor, modelo de negócio que concentrou 40% das startups analisadas no estudo. Essa concentração é um indicativo da força das soluções de autoaprendizado, como cursos online, trilhas de conhecimento, instituições digitais etc.
Em seguida, com quase 30% das edtechs, há as soluções B2B - escolas, universidades, empresas etc -, o que mostra a demanda por inovação por parte dessas instituições, que buscam nas startups soluções para se reinventarem na era digital. Nesse quadro, chama a atenção a quase inexistência de soluções educacionais para o Estado, o que se explica em parte pela cultura ainda incipiente de parcerias público-privadas na área da educação.
De 2010 para 2020, foram realizadas pouco mais de 130 rodadas de investimento, totalizando um volume de investimento de US$ 175,5 mi em edtechs no país. Esse volume total foi bastante influenciado por rodadas de edtechs maiores e mais consolidadas, como Descomplica, Estratégia Concursos, Trybe, Passei Direto, entre outros players que registraram rodadas maiúsculas.