Minha startup está pronta para receber investimentos?

19/10/20
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Publicado por 
Redação Start

Confira dicas para validar modelo de negócio e se preparar para aportes financeiros

Minha startup está pronta para receber investimentos?
Minha startup está pronta para receber investimentos?

O sonho de muitas startups que estão começando é receber o primeiro investimento para poder pivotar o negócio. No entanto, existem muitas lacunas que precisam ser preenchidas antes de uma empresa buscar aporte financeiro. São muitos detalhes observados pelos investidores anjos na hora de escolher um negócio para investir.

Por isso, separamos algumas dicas em parceria com Luciane Aquino, que é consultora, especialista em inovação e estratégia de produto, mentora e investidora em startups brasileiras.

O que é necessário para que uma startup receba investimentos?

O primeiro ponto é ter uma hipótese de valor validada, assim como uma hipótese de crescimento. Para isso, é importante se dedicar desde o começo do negócio a criar uma cultura de testes, fazendo uma boa conexão com o cliente e garantindo o market fit.

Nenhum investimento sólido ocorrerá - seja em qual fase a startup estiver - se esses princípios básicos que definem um negócio da Nova Economia não estiverem cumpridos. Por isso, é importante prestar atenção na composição societária, com perfis que garantam diversidade de visões e mapeamento de riscos.

Se todos os sócios forem pessoas parecidas e com a mesma especialidade, por exemplo, isso costuma acender um sinal vermelho entre os investidores. O mesmo se a empresa tiver um único sócio. O mix societário é importantíssimo para garantir o futuro da empresa.

Quais os primeiros passos que uma startup precisa seguir para se preparar?

O primeiro é comprovar sua proposta de valor, criando hipóteses e validando com clientes. Quais dores do público eu consigo sanar? Qual a frequência dessas dores? As pessoas estão dispostas a pagar para sanar essas dores? Elas já pagam por isso para outra empresa? O que a minha tem de diferente?

Para validar um modelo de negócio, o fundamental é testar. Mas sempre de maneira organizada e com hipóteses bem construídas. Cultura de teste não é bagunça, cada um fazer o que quer, no dia em que quiser. É importante planejar testes, sabendo o que se deseja descobrir, como se vai medir o resultado e gerando aprendizado compartilhado entre todos.

Dentro disso, Luciane destaca a expressão ROL - Return on Learning. O resultado de uma empresa no momento da validação do negócio é o Aprendizado - e a gente só aprende testando e errando.

Como uma startup pode ser escalada?

É o próprio caminho da empresa até a fase de escala que vai mostrar como isso vai ocorrer - faz parte do aprendizado daquela empresa. Mais importante do que seguir modelos, é saber o que não fazer. Diante disso, Luciane destaca dois erros frequentes:

1) adotar modelos de gestão da Revolução Industrial, com estruturas hierárquicas verticais e processos de comando/controle. Se você sentir vontade de contratar um gerente, algo está errado. É hora de parar e estudar modelos de gestão ágil. Estruturas tradicionais interrompem a inovação e reduzem a velocidade de crescimento.

2) esquecer a cultura da empresa. Com o crescimento rápido, a tendência é de contratar as pessoas por competência técnica e não pela aderência à cultura da startup. Isso mata o diferencial da empresa em poucos meses. Para evitar isso, resista à tentação de contratar só porque o candidato sabe fazer algo. Faça primeiro o filtro de aderência à cultura. Passou? Só depois descubra se a pessoa domina a técnica. Até mesmo porque técnica a gente aprende, atitude, não.

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