Crescimento de CVC no Brasil acompanha a necessidade de superar desafios de inovação

14/11/23
|
Publicado por 
Redação Start

Com recente case da Granto Seguros, Bossa Invest afirma que este é um momento positivo para que startups e corporações trabalhem em prol do desenvolvimento

Foto: Unsplash
Foto: Unsplash

O conceito de inovação está constantemente relacionado à necessidade urgente de mudar ou se adaptar a algo, o que, nas últimas décadas, tem estado ligado à tecnologia. No ecossistema das startups, a inovação é um dos principais ingredientes no desenvolvimento de novas soluções para diferentes setores de mercado, o que vem chamando a atenção de grandes corporações tradicionais. Prova disso é que dados da S&P500 mostram que a vida útil das empresas está diminuindo drasticamente tamanha a velocidade das evoluções tecnológicas e das disrupções trazidas por startups: a expectativa é que até 2025 essa média seja de menos de 15 anos. Por isso, muitas corporações estão na corrida pela inovação e pela transformação digital.

Nesse contexto, os fundos de Corporate Venture Capital (CVC) emergiram como opções atraentes para as empresas que buscam se adaptar rapidamente ao novo ambiente empresarial. O diretor de CVC da Bossa Invest, Rodolfo Santos, destaca que

“o investimento em startups feito por corporações tem uma combinação de vantagens que oferece, não apenas um retorno financeiro, mas também possibilita retornos muito estratégicos, criando produtos e serviços inovadores que podem ser amplamente adotados pelas empresas tradicionais. Isso resulta em ganhos substanciais para o negócio. Além disso, a colaboração com startups, muitas vezes, leva à otimização das operações diárias das empresas, reduzindo custos e aumentando a eficiência”.

Santos acrescenta que mesmo em um cenário de taxas Selic mais variáveis, a previsibilidade do futuro, a capacidade de se antecipar às tendências e concorrentes, bem como a construção de relacionamentos sólidos com startups tornam o CVC uma escolha valiosa a longo prazo.

Investimento além do financeiro

Para as startups, os benefícios vão além da captação de recursos para a expansão do negócio, desde a oportunidade de receber smart money e até mesmo ampliação da carteira de clientes por meio da corporação que está investindo. Esse foi o caminho escolhido pela Granto Seguros,  startup mineira fundada em 2015 que tem como foco facilitar a contratação de seguros por meio de tecnologia e atendimento humanizado. Ela acaba de se tornar parte do portfólio da empresa Algar Telecom Venture Builder com a ajuda da Bossa Invest.

Felipe Ramos, fundador e CEO da startup, conta que escolheu seguir, desde o começo, no modelo bootstrapping em busca de apreciação do serviço na visão do cliente. Foi apenas em 2020, quando teve seu primeiro contato com a Bossa Invest, que Ramos percebeu que havia necessidade de se atualizar e buscar maior contato com o mercado investidor.

“Pouco antes da pandemia, busquei entender o que precisava fazer para que a minha empresa pudesse estar qualificada para dar um novo passo, mas por conta do cenário econômico, só nos juntamos à Platta, plataforma online de equity crowdfunding do grupo Bossa, em 2022”, explica.

Hoje a Granto conta com mais de 2700 clientes e uma equipe de 60 pessoas. Na comunidade Bossa Invest, obteve a captação de investimentos no valor de R$1,1 milhão e passou por mentorias, workshops e conexões valiosas de negócios.

“Nosso foco sempre foi buscar pessoas e mais conhecimento. Quando fomos colocados em contato com a Algar Venture Builder, nos deparamos com uma chance de trabalhar com a cadeia de suprimentos de uma das maiores empresas do Brasil. Ao mesmo tempo em que nós ganhamos acesso às benesses da corporação, sei que a Algar ganha conexão com o nosso modelo de negócio que atende um público que foi excluído durante muito tempo no país, que são as PMEs que buscam a contratação de seguros”, diz.

Neste cenário em evolução, as empresas estão se preparando para o futuro, aproveitando a cultura de inovação e o poder das parcerias com startups para conquistar uma posição sólida em um mercado empresarial em constante transformação. Santos acrescenta ainda que o case da Granto é um ótimo exemplo de como o ecossistema por trás de um CVC pode impulsionar tanto os novos negócios, quanto as grandes corporações.

“Bons relacionamentos também fazem parte da construção de fundos de investimento que precisam ir além do dinheiro investido”, afirma.

Ele traz outros exemplos de empresas que estão fazendo CVC de forma eficiente, como o banco BRB, o qual possui um fundo gerido pela KPTL em parceria com a Bossa Invest, e a Unifique, que realiza com a Bossa, Sebrae Startups e Raja Valley o programa Inova, de aceleração de startups com investimento.

“O mais incrível do CVC é que ele vai diretamente nas necessidades da empresa e acelera a inovação, plugando startups às corporações de forma estratégica.
“Um bom portfólio de investimento em startups pode levar a empresa a criar um valioso ecossistema de negócios, com várias soluções para seu público, ganhando larga vantagem competitiva”, explica Santos.

Sobre a Bossa Invest

A Bossa Invest, antiga Bossanova Investimentos, é o venture capital número 1 da América Latina, segundo o CB Insights e outros rankings internacionais. Hoje com mais de 1,5 mil startups investidas, a Bossa foi criada com a missão de promover acesso e investimento a negócios inovadores que visam transformar a sociedade, com foco nas maiores dores de startups early-stage: a captação de recursos, o smart money e conexões de valor. A empresa investe principalmente em startups B2B e B2B2C, em estágio pré-seed e seed, que tenham modelos de negócio digitais e escaláveis. Em 2023, a VC passou de 100 exits.

Confira mais posts do Start