Oportunidades de intercâmbio no nicho de moda contribuem com o desenvolvimento de profissionais do setor

5/2/24
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Redação Start

Pelo olhar de quem atua no segmento, conheça as vantagens de realizar um curso de extensão no exterior

Foto: Unsplash
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Realizar extensões acadêmicas, especializações e intercâmbios é, muitas vezes, o sonho de muitos estudantes e pessoas que buscam se profissionalizar e ampliar seus conhecimentos em respectivas áreas de atuação. Quando se trata do nicho de moda, esse sonho se torna ainda maior, visto que as grandes marcas mundialmente conhecidas estão localizadas no exterior. Estudar em uma instituição estrangeira e, de quebra, conhecer um outro país, pode proporcionar experiências únicas ao estudante, impulsionando o crescimento profissional e trazendo um diferencial para o mercado de trabalho.

Além do aprendizado e o impulsionamento da carreira, as extensões e intercâmbios no exterior contribuem com o desenvolvimento pessoal do indivíduo, o que torna a experiência ainda mais positiva. É pensando nisso que o Design Mundo Afora, empresa que atua como representante brasileira de uma das maiores instituições de moda do mundo, carrega o objetivo de conectar os estudantes e profissionais brasileiros ao melhor do ensino europeu. 

Luiza Bomeny, consultora de Moda e Design e fundadora do Design Mundo Afora, compartilha que quando pensamos em moda e design, o Brasil ainda é um país jovem. Já quando falamos na Itália, por exemplo, eles ensinam moda e design há mais de 100 anos. Ela destaca que, devido ao Brasil ser um país jovem no setor, em comparação a outros países mais experientes, quem tiver a oportunidade de estudar fora, voltará em outro grau de excelência. O Design Mundo Afora atua oferecendo oportunidades de estudo para os principais cursos de moda e design nas maiores universidades da Europa para esses alunos. 

O trabalho é feito a partir de uma orientação vocacional nas áreas de design de moda, marketing, business, styling, áreas de design gráfico, design de interiores, design interativo, design de serviços e novos negócios no mundo do design.

Foto: @luizabomeny
“Ajudamos em todo o processo de construção de uma carreira de sucesso, que pode se desenvolver aqui no Brasil ou lá fora, dependendo do desejo do aluno. Estudando em uma escola internacional, o aluno tem essa abertura de internacionalizar sua carreira onde quer que ele deseje trabalhar, e nós abrimos as portas do mundo para esses alunos”, comenta Luiza.

Ela explica que os programas de extensão e intercâmbios no segmento de moda e design para os profissionais são fundamentais, visto que o mercado em que vivemos atualmente tem uma velocidade gigantesca. Ela aponta ainda que uma das vantagens de buscar uma oportunidade de intercâmbio é o diferencial, visto que os profissionais mais requeridos são aqueles que estão à frente do que o mercado precisa. 

“Hoje temos diversos cursos de extensão com durações variadas (semanas, meses ou anos) que vão preparar os profissionais para estarem à frente do que o mercado precisa. Estudar fora do Brasil não é uma opção barata, mas eu acredito que apesar dos valores altos, o peso do ensino é avassalador e traz retornos vezes dez. Nós sempre ajudamos nossos alunos a montar seus portfólios e a competir por uma bolsa de estudo, sempre que há concursos em aberto. Damos todo o suporte nesse processo e auxiliamos o aluno a conquistar a maior bolsa possível”, aponta Luiza.

Segundo ela, o Design Mundo Afora busca enxergar o ensino como um investimento que vai ter retorno profissional e financeiro, auxiliando os alunos a encontrarem o curso ideal para atingir seus objetivos e que se encaixe em seu bolso. Além disso, ela destaca as principais tendências que estarão em alta nos próximos anos:

A tecnologia: visto que o mercado atual precisa de profissionais que dominem essas novas ferramentas por meio de um olhar do futuro e o know how dessas tecnologias. 

A sustentabilidade: devido a grande necessidade de soluções mais sustentáveis que ultrapassam discursos e se tornem fatos, seja na matéria-prima, na forma de trabalhar ou nas relações de trabalho. 

O profissionalismo: já que o mercado hoje está conectando diferentes gerações e diferentes éticas de trabalho, essa é uma tendência que vem sendo apontada, onde os jovens entram no mercado com muito desejo de transformação, mas com um baixo comprometimento com a empresa. 

Pelo olhar de quem viveu essa experiência

A experiência obtida é sempre algo que marca a vida dos indivíduos que realizam extensões e intercâmbios, e podem contribuir com o desenvolvimento pessoal e profissional de cada um. Pelo olhar da profissional Carolina Masotti, que hoje atua como coordenadora de estilo e desenvolvimento na Alexandre Birman, a experiência de intercâmbio foi desafiadora e transformadora, abrindo espaço para que ela pudesse conhecer um novo modelo de ensino e se sentir mais próxima de marcas que são mundialmente reconhecidas.

Carolina realizou um intercâmbio no modelo de graduação sanduíche pelo programa do Governo Federal, Ciências sem Fronteiras, na Syracuse University, em Nova York. Ela compartilha que o processo para a admissão na universidade pelo programa é feito por meio da avaliação da nota do ENEM e, posteriormente, um processo seletivo dos alunos inscritos. Carolina conta ainda que, antes do início das aulas, os alunos intercambistas passam por um processo de aulas de inglês voltado para a linguagem acadêmica durante dois meses para conseguir se conectar com a cultura universitária americana que, segundo ela, é completamente diferente do sistema de ensino brasileiro.

Foto: Divulgação
“É um modo de vida muito diferente do que o que temos aqui. Aqui a gente tenta conciliar o trabalho com a universidade, com estudar, com a moradia, e pensar em toda a nossa vida neste trajeto. E lá não. Lá é viver a experiência da universidade. A partir disso, é muito esperado que tu estude muito e faça todas as cadeiras possíveis, e foi o que eu fiz. Eu fiz várias cadeiras, algumas que inclusive eu já tinha feito aqui porque achei que isso daria mais repertório e algumas cadeiras que me marcaram. Uma delas foi Conception Design, que falava sobre conceitos de design, que me permitiu entender sobre proporções, da onde a gente tira água de pedra com a criatividade, sabe? Foi uma cadeira incrível. Eu tive contato com esse professor que era vietnamita que já tinha trabalhado em marcas internacionais como Valentino, Chanel. Aprendi demais”, comenta Carolina.

Além do aprendizado, Carolina destaca o desafio do idioma, de aprender a se comunicar de uma forma fluida, fugindo do inglês mecânico que aprendemos tradicionalmente, e absorver conhecimento nessa nova língua. Outra disciplina citada como marcante foram as de Ateliê de Costura e História da Moda, onde, por meio de um professor chamado Jeffrey que tinha construído uma espécie de acervo, teve a primeira oportunidade de avaliar um vestido Chanel e observar todos os detalhes da costura e da construção da peça.

“Ele entrava na salinha e voltava com um vestido diferente da década de trinta. Isso foi muito chocante pra mim, era muito fora da minha realidade e todo mundo tratava com muito mais normalidade do que eu. Acho que uma das coisas mais chocantes, que na verdade é o que faz parte de uma coisa maior, é que eu estava há algumas horas de Nova York, onde estavam presentes muitas marcas que eu admirava, como Marchesa, Carolina Herrera, Marc Jacobs, Anna Sui, eram marcas que as pessoas estagiavam no verão, marcas que pra mim era um sonho. Depois eu estagiei, trabalhava como no Brasil, e no escritório onde eu trabalhei, a maioria era latino, asiático, europeu. E eu acho que o mundo da moda tem muito disso, a gente é muito diverso”, relata Carolina.

Segundo ela, a experiência de trabalho em um escritório de moda internacional muito diverso, onde existem várias etnias, é uma amostra clara de como a moda é percebida no exterior e como é percebida no Brasil.

“É muito mais sobre autenticidade e sobre as tuas habilidades manuais, o quão bem é construído o teu blazer, o quão bem são construídas as tuas roupas. Então tem muito disso, ter bons materiais, criatividade, sabe? Ao contrário do que é o Brasil, que ainda tem muito a cultura da cópia. Culturalmente, isso acontece também de diversas formas, mas como a moda é reflexo da sociedade. Para quem é observador, a gente vê isso muito em destaque”, finaliza.

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