Tecnologia nas produções podem mudar o futuro da moda e do planeta

30/11/22
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Redação Start

A utilização de tecidos mais ‘limpos’ se destacam como uma nova tendência

Para acompanhar as mudanças tecnológicas que acontecem diariamente em meio a sociedade atual, os setores necessitam se reinventar a cada dia. A utilização de ferramentas tecnológicas para a fabricação de produtos tem crescido no mercado, como é o caso da startup Pangeia Lab. A empresa trabalha com produção de móveis a partir de plástico reciclado, com um design moderno e sustentável. 

Os produtos oferecidos pela empresa possuem uma tecnologia avançada em impressão 3D, design paramétrico, robótica, engenharia e arquitetura, se destacando por ser o único estúdio que fabrica produtos digitalmente no país. O avanço tecnológico na produção não fica apenas para aparelhos eletrônicos e móveis, como é o caso da Pangeia Lab. Empresas do cenário fashion têm buscado novas formas de fabricação e de produção que se encaixem nessas mudanças.

Segundo uma matéria publicada pelo Whitepaper Docs, um espaço online que aborda conteúdos sobre inovação e diversidade, o futuro da moda está associado à perda gradativa das tradicionais práticas de produção físicas, e substituídas por ferramentas que garantem a eficiência e a praticidade nas produções de peças. Algo que parecia ser um futuro distante já é realidade entre muitas empresas da indústria têxtil. 

A partir da ideia de modernizar as produções, a Dobra surgiu com a ideia de ser do bem para as pessoas e para o meio ambiente, oferecendo produtos com uma tecnologia avançada e de alta durabilidade. A empresa teve início na cidade de Montenegro, interior do Rio Grande do Sul, fabricando produtos com material semelhante ao papel 100% reciclado, de alta durabilidade, chamado Tyvek.

Para Guilherme Massena, fundador da empresa, esse tipo de tecido em fabricação pode ser considerado um dos futuros da moda, uma moda mais inclusiva, menos poluente, e mais personalizada. Apesar do tyvek não ser um tecido completamente sustentável, por ser um tipo de plástico, ele oferece um diferencial de produção mais resistente. 

A Dobra carrega o conceito de ser diferente oferecendo produtos com estampas colaborativas, colaborando com a produção local, embalagens reutilizáveis, sustentabilidade e também uma espécie de parceria entre consumidor e empresa, dando a chance de quem usa Dobra poder reciclar sua dobra antiga por uma nova.

Além da inovação, as produções da Dobra também reafirmam a ideia de que o futuro da moda está associado às novas tendências, que exigem que designers promovam a consciência ambiental e a inclusão nos produtos oferecidos ao consumidor.

“Acredito que esse tipo de tecido pode ser considerado o futuro da moda, uma moda mais feita sob demanda, mais feita especialmente para cada pessoa. Os tecidos inteligentes se adaptam a situações de calor e frio. Mas acredito também que o tyvek não se encaixa em um dos futuros mais sustentáveis ambientalmente, em um futuro breve teremos outras alternativas tão resistentes quanto”, conclui Guilherme.

A criadora de conteúdo de moda e publicitária, Emanuelle Canielas, afirma que a tecnologia influencia a moda de duas formas, entre a tecnologia associada aos tecidos e o aumento do acesso à moda que tem acelerado as tendências. A percepção do público sobre tecidos mais sustentáveis, biodegradáveis, de que são tecidos com menor qualidade, pode ser desmistificada pela tecnologia avançada nas produções dessas peças.

Para Emanuelle, o tecido ‘verde’, apesar de ser considerado um tipo de produção para o futuro, já está presente em muitas marcas atualmente. Marcas famosas têm aderido a essa tendência de forma que busca alternativas diferentes para as produções, como o couro utilizado pela pela grife Stella McCartney, que se destaca por ser a primeira marca a usar couro de cogumelo Mylo.

“No futuro, a gente tende a ter esse tipo de tecnologia em muitos mais lugares. Tem fast fashions que já estão começando a se preocupar com o jeans que vai menos água na produção, ou um tecido mais possível para o público”, conclui Emanuelle.

Além da questão de materiais sustentáveis nas fabricações, a influenciadora destaca que a questão da moda circular também pode ser considerada uma tendência de moda para o futuro. “Essa questão de consumo consciente também é uma moda do futuro. Pensar antes de consumir. Não adianta a gente ter uma peça de um tecido sustentável e comprar quinze peças daquela”, encerra a publicitária.

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