Confira como o Design Thinking pode ser aplicado no desenvolvimento de aplicativos e plataformas
Embora seja uma área de conhecimento cujo desenvolvimento teve início na década de 1960, o Design Thinking ganhou relevante fama nos últimos anos, após ser articulado por David Kelley, professor de Stanford que iniciou a d. school; e popularizado por Tim Brown, já no ano de 2009. Empresas e startups passaram a adotá-lo em seus processos de desenvolvimento de produto com o objetivo de enriquecer suas soluções digitais. Mas afinal, o que que é Design Thinking? Como ele pode ser aplicado no desenvolvimento de aplicativos e plataformas? É importante começar esclarecendo que DT não é um método ou um processo. Adotar Design Thinking significa utilizar o estilo de pensamento de um designer para lidar com problemas de outras áreas (LUCHS, 2015) por meio de um entendimento aprofundado pela observação (BROWN, 2008)
Embora seja uma área de conhecimento cujo desenvolvimento teve início na década de 1960, o Design Thinking ganhou relevante fama nos últimos anos, após ser articulado por David Kelley, professor de Stanford que iniciou a d.school; e popularizado por Tim Brown, já no ano de 2009. Empresas e startups passaram a adotá-lo em seus processos de desenvolvimento de produto com o objetivo de enriquecer suas soluções digitais.
Mas afinal, o que que é Design Thinking? Como ele pode ser aplicado no desenvolvimento de aplicativos e plataformas?
É importante começar esclarecendo que DT não é um método ou um processo. Adotar Design Thinking significa utilizar o estilo de pensamento de um designer para lidar com problemas de outras áreas (LUCHS, 2015) por meio de um entendimento aprofundado pela observação (BROWN, 2008). Podemos então dizer que ele é uma abordagem mais criativa e mais centrada no ser humano para resolução de problemas, que pode resultar em produtos inovadores e com mais aderência por parte dos usuários.
Adotando o estilo de pensamento do designer
Quando desenvolvemos produtos, seja um novo refrigerante, um equipamento médico ou um aplicativo para celular, estamos criando uma solução para um determinado problema. O modelo de pensar do designer e o conjunto de ferramentas que ele utiliza em seu trabalho são próprios para tal desafio, pois:
• nos fazem buscar entendimento mais profundo e realista sobre o problema, antes de partir para a solução;
• propõem que criemos mais de uma solução potencial, o que aumenta nossas chances de encontrar uma solução inovadora, e;
• nos fazem testar a solução da forma mais aplicada possível, para colher feedbacks realistas em detrimento de palpites pessoais.
O ganho esperado é conseguir desenvolver produtos de melhor qualidade, que tenham maior aceitação dos usuários e que efetivamente resolvam o problema a que se propõem. Assim, torna-se viável não somente atender bem os usuários, mas também atrair cada vez um maior número deles, garantindo sua retenção e recomendação.
DT no desenvolvimento de produtos digitais
Na SoftDesign, utilizamos o jeito de pensar do designer para criar novos produtos, serviço chamado Concepção; e também durante o Desenvolvimento de Software, quando é necessário testar ideias, colher feedbacks e envolver os usuários na evolução da solução.
Afinal, o design nos produtos digitais não se relaciona somente com a questão da estética: ele preocupa-se também com função e experiência. Assim, quando envolvemos os usuários no processo de criação, não estamos preocupados necessariamente em saber se eles acham o mesmo bonito, mas sim em entender questões como:
• Qual problema que o produto resolve?
• Quem sofre desse problema?
• De que maneiras o produto ajuda a resolver o problema?
• Como o produto será usado?
• Como é o dia a dia da pessoa que vai usar a solução
• Como a solução impacta esse dia a dia?
Ou seja, quando falamos de design estamos nos referindo a projetar o produto em seu aspecto funcional, para que ele esteja adequado a sua necessidade e uso.
Como responder a essas perguntas?
Se a nossa abordagem for o Design Thinking, responderemos a essas perguntas por meio de pesquisa com usuários e testes de protótipos.
• A pesquisa com usuários (user research) tem como foco entender os comportamentos, necessidades e sentimentos dos usuários de forma sistemática, usando técnicas de pesquisa maduras para obter informações e insights;
• Já o teste de protótipos é feito para avaliar ideias e evoluir apenas aquelas que têm potencial – por isso, os testes são feitos com usuário reais.
Isto é, o envolvimento de usuários reais é um componente obrigatório no trabalho de design de um novo produto ou serviço digital. Entretanto, essa tarefa pode ser desafiadora pois é preciso lidar com grupos de pessoas e acessar questões intensas, como opiniões e sentimentos; e ainda existem as questões operacionais, como quais pessoas selecionar, como não influenciar as suas respostas, qual a confiabilidade dos resultados, entre outros.
Como “fazer” Design Thinking?
Muitas escolas e consultorias criaram seus próprios processos de Design Thinking, ou seja, sequências de passos que descrevem atividades e ferramentas a serem usadas para atingir o jeito de pensar do designer. Ainda que tenham peculiaridades, tais processos na verdade são bem parecidos, e compartilham alguns fundamentos, como:
• o DT não é um processo linear. Ele tem ciclos, idas e voltas, com momentos de expansão das ideias e momentos de decisão;
• há fases dedicadas à pesquisa, ideação e testes;
• não existe uma receita pronta, o segredo é adaptar o jeito de pensar e então usar as ferramentas conforme a necessidade.
Se você optar por adaptar o seu processo de trabalho a uma abordagem de Design Thinking, lembre-se de não apenas selecionar ferramentas, mas manter-se atento à essência:
• dedique mais tempo ao problema do que à solução: primeiro aprofunde o entendimento do problema, pois isso aumenta a empatia com os usuários e potencializa as chances de achar soluções que não são óbvias – prepare-se para uma imersão;
• aprenda a pesquisar: utilize com seriedade técnicas de pesquisa qualitativa e quantitativa para reunir dados úteis em todas as fases do desenvolvimento;
• interaja com as pessoas: o Design Thinking exige interação, conversa, empatia e entendimento;
• trabalhe em equipe: a abordagem é melhor executada quando apoiada em uma equipe com diferentes skills/backgrounds;
• teste múltiplas ideias: avalie múltiplas soluções, dando espaço à criatividade e à inovação.
Como começar?
Nossa sugestão, que é resultado da nossa experiência prática, envolve iniciar pela transformação da cultura e pela aplicação de treinamentos.
• Crie a cultura do design: o principal aspecto é que a sua startup ou empresa consiga absorver o ‘jeito de pensar’ do Design Thinking e entenda a importância do mesmo. Uma boa forma de começar é questionar: sempre que alguém fizer uma afirmação sobre a opinião dos usuários, questione como essa conclusão foi obtida - como resultado desse questionamento, as técnicas de pesquisa e teste com usuários começarão a surgir naturalmente;
• Implemente técnicas básicas: treine as pessoas nas técnicas mais básicas do DT. Não tente usar tudo ao mesmo tempo, até porque isso exige um planejamento de orçamento. Comece incorporando as técnicas mais simples em cada fase do seu processo, para assim, aos poucos, evoluir;
• Crie espaço para a cocriação: em muitas organizações, principalmente as que já são grandes e tem uma certa história, vemos o medo em interagir com o cliente e o usuário. Geralmente se tem a sensação de que o cliente só pode acessar propostas de valor prontas – ele só deveria ver o produto no dia do lançamento. Essa realidade vem mudando muito rápido, inclusive na expectativa dos clientes. Então crie espaços e métodos para cocriar com seus clientes as propostas de valor que realmente fazem sentido pra eles.
A partir daí, existem muitos recursos online para lhe ajudar, como os portais de conteúdo voltados a User Experience Design (UX Design), além de vários livros que apresentam técnicas e aprofundam o user research. Agora, se você precisar de apoio para implementar o DT na criação do seu novo produto ou serviço digital, entre em contato conosco.
Karina Klein Hartmann, Product Manager da SoftDesign:
Karina trabalha na concepção de produtos digitais para startups e grandes empresas. Também já foi Gerente de Projetos, Analista de Sistemas, Programadora Java, e já trabalhou com melhorias de processos. É mestre em Administração pela UFRGS, onde estudou métodos de desenvolvimento de produtos digitais inovadores. É bacharel em Matemática Aplicada e pós- graduada em Governança de TI. Tem as certificações CSM, PMP, CFPS e CPRE-FL.
A SoftDesign
A SoftDesign é uma empresa especialista em desenvolvimento de software. Com 22 anos de experiência no mercado nacional e internacional, atua na concepção, desenvolvimento e consultoria de aplicativos, plataformas e sistemas. Design, agilidade e tecnologia a permitem apoiar a inovação, a transformação digital de empresas, e auxiliar startups e scale-ups na construção e sustentação de seus produtos e serviços digitais.