Qual é a jornada de um Product Manager?

13/11/20
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Publicado por 
Redação Start

Confira a segunda parte da entrevista com Paula Hurtado, product manager do Nubank

Qual é a jornada de um Product Manager?
Qual é a jornada de um Product Manager?

Há algumas semanas, realizamos uma entrevista com a Paula Hurtado, product manager do Nubank. Além disso, Paula será uma das palestrantes da Gramado Summit 2020. O conteúdo foi tão incrível, que tivemos que dividir ele em duas partes. Então, se você perdeu a primeira parte dele corre e confira.

Normalmente, quando se fala em gestão de produto, se fala em pelo menos três grandes forças: negócios, tecnologia e usabilidade. E, até o momento, não existe uma formação acadêmica especifica para preparar as pessoas para seguir a carreira de produto.

“Pessoalmente estudei engenharia civil com ênfase em produção e, apesar de que estudei várias coisas que foram relevantes para minha carreira, a formação acadêmica ainda conhece pouco de produtos intangíveis e estuda de forma mais aprofundada a produção de bens físicos”, explica Paula.

Entendendo que o gerente de produto precisa de um amplo leque de habilidades, o que está acontecendo na prática é que pessoas de diferentes backgrounds vão aprendendo as habilidades complementares a sua formação até encontrar a oportunidade certa para fazer produto. A figura abaixo mostra as diversas formações que podem levar uma pessoa a ter consistência em pelo menos uma das três forças.

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Dado que não exista essa formação específica, o aspirante a gerente de produto precisará procurar seu desenvolvimento com muito estudo, não só da técnica de fazer produto mas também do domínio no qual ele trabalha ou quer trabalhar. “Por exemplo, já conheci ótimos gerentes de produto que passaram anos fazendo carreira de vendas ou sucesso do cliente, atingindo um nível de empatia e entendimento das dores do cliente que os tornaram chaves para que o time de tecnologia pudesse gerar valor”, comenta.

Em relação a como progredir na carreira de produto, Paula destaca o conhecimento de framework do Alexandre Spengler. Ele explica o crescimento na carreira de gerente de produto em relação a dois eixos: escopo e impacto.

“No meu caso pessoal, dado que iniciei no mundo de produto muito junior, tive a oportunidade de fazer a passagem pelos cargos de analista de produto, associate product manager (APM), product manager (PM) e estou trabalhando para logo mais me tornar senior product manager (Sr PM). Inclusive, dado que já tive a chance de experimentar de forma informal a liderança de pessoas, tenho interesse em continuar aumentando a amplitude do impacto do meu trabalho por meio do desenvolvimento de outros PMs”, ressalta Paula.

Contudo, Paula explica que a jornada não precisa ser a mesma para todo mundo. Existem gerentes de produto que têm tanto origens como visões diferentes da sua carreira.

Quanto às origens, existem pessoas que nunca foram analistas de produto, mas tiveram experiências como analistas de negócios, analistas de dados, contribuidores dos times de marketing, designers, engenheiros e, eventualmente, se tornaram Product Manager. Nem todo mundo precisa começar junior em produto, pois também tem o caso de pessoas que estando em posições mais sênior em outras áreas e acabam migrando para produto de forma horizontal. Três exemplos disso seriam:

- Os líderes de times técnicos que fazem de forma informal esse trabalho estratégico de direcionar o time de engenharia;

  • - Os gerentes de marketing que se tornam peça chave na definição de valor que o time de tecnologia deve perseguir;
  • - Os consultores de estratégia que trabalham em múltiplos projetos, com múltiplos clientes e desenvolvem expertise muito forte nessa visão estratégica de negócios.

Em relação à evolução da carreira, outra possibilidade diferente do crescimento linear nos dois eixos seria a especialização de um product manager em um domínio específico tendo como foco o desenvolvendo técnico. Ou seja, crescer sem necessidade de entrar na gestão de pessoas, isto é, aumentando escopo sem aumentar impacto.

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