Sites e aplicativos de relacionamento têm crescido durante pandemia

2/7/20
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Publicado por 
Redação Start

Mayumi Sato, da Sexlog e do Ysos, aponta um aumento de 30% nos conteúdos publicados por dia no site

Sites e aplicativos de relacionamento têm crescido durante pandemia
Sites e aplicativos de relacionamento têm crescido durante pandemia

Os aplicativos de encontro e redes sociais adultas, que conectam pessoas interessadas em sexo, fantasias e fetiches, cresceram durante a pandemia. Apesar do confinamento social, as conexões humanas, mesmo que virtuais, parecem continuar importantes.

Para Mayumi Sato, CMO da Esapiens, venture builder dona do Sexlog e do Ysos, há um aumento constante de acessos em seu site, uma maior diversidade de pessoas interessadas na rede, mais engajamento e mais tempo de permanência dos usuários.

“Nesse sentido, a privação de vida social offline, acaba potencializando a necessidade dessa mesma experiência online. Não é a mesma coisa, mas têm ajudado as pessoas a se manter ativas, em contato com outras pessoas e, sobretudo, se desligando por alguns momentos da ansiedade e da incerteza”, aponta Mayumi.

A empreendedora percebe também uma mudança com relação ao perfil dos usuários. Ela conta que estão recebendo 20% a mais de cadastros de mulheres desde o início da pandemia. Além disso, houve um aumento de 30% de conteúdos publicados por dia, chegando a 13.500 fotos e 850 novos vídeos a cada 24 horas.

As livecams, exibições ao vivo feitas no Sexlog, aumentaram 60% em relação a períodos anteriores e, também nessa área, prevalecem as mulheres e os casais assistindo a esses conteúdos.

Como surgiu o Sexlog

O Sexlog surgiu há cerca de 10 anos, época em que o fotolog era a única rede social existente e fazia grande sucesso. Ele começou da mesma forma, como um lugar onde as pessoas compartilhavam fotos e vídeos, mas por receber conteúdo mais explícito, acabou se tornando privada - acessível apenas por meio de cadastro - para que aquele conteúdo não fosse exposto a quem não tinha interesse por ele, além de prezar pela privacidade dos usuários.

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Com o tempo, criaram também o aplicativo Ysos, voltado para atender a uma demanda mais específica, de pessoas que não estão interessadas em fotos e vídeo íntimos, mas em se conhecerem e se conectarem para a realização de encontros. “A natureza dos dois projetos é a mesma, a conexão por afinidades sexuais, mas o Sexlog é mais explícito e o Ysos mais discreto”, explica Mayumi.

Como esse modelo de negócio afeta as formas de relacionamento?

De acordo com Mayumi, a natureza digital e com grande preocupação sobre segurança e privacidade faz com que o site seja um espaço importante para a experimentação.

“Reconhecemos que, tanto por meio do Ysos quanto do Sexlog, nós permitimos que as pessoas compreendam mais do que gostam e do que não gostam, entendam mais sobre sexualidade de uma forma geral e sobre si mesmas, e isso tende a melhorar na relação com o outro também”, frisa.

Mayumi também acredita que a aderência será ainda maior em futuras gerações, visto que ainda há resistência com relação ao assunto atualmente. É um processo em andamento, mas vejo com otimismo o fato de que há muita gente lutando para mostrar como a diversidade de pensamento e diferentes formas de viver a vida podem existir lado a lado sem conflito. Ao longo dos anos é cada vez mais comum ver casais e pessoas solteiras mencionando que fazem parte da comunidade. E isso será cada vez mais natural daqui pra frente”, comenta.

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