Startups de saúde são destaque durante pandemia

7/9/20
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Publicado por 
Redação Start

Mercado de saúde do Brasil é o maior da América Latina

Startups de saúde são destaque durante pandemia
Startups de saúde são destaque durante pandemia

O Brasil é o maior mercado de saúde da América Latina e o sétimo maior mercado de saúde do mundo com mais de US$ 42 bilhões gastos anualmente em cuidados de saúde privados. Com um mercado tão aquecido e carente de soluções de base tecnológica para suprir suas necessidades, as startups com produtos e serviços voltados para a vertical de saúde demonstra crescimento cada vez maior.

Atualmente, a Associação Brasileira de Startups (ABS) tem mapeadas 468 startups de health tech, segundo dados do Startupbase. Desse número, 42,9% das startups estão concentradas no estado de São Paulo. Em relação ao nível de maturidade das startups nesse segmento, 34,4% delas estão em fase de tração e 32,5% em fase de operação.

Em 2020, com o cenário mundial de pandemia, os olhares da população e do mercado se voltaram muito para a saúde, e health techs ganharam ainda mais visibilidade. “A busca pela cura e uma vacina contra o Covid-19 em todo o mundo e a necessidade de produzir soluções diversas para o campo da saúde, como a produção de equipamentos de proteção individual (EPIs) usando impressoras 3D, até a melhoria dos fluxos hospitalares, colocaram as health techs em evidência no mercado”, aponta o diretor executivo da ABstartup, José Muritiba.

Procura por teleatendimento cresce

O segmento de startups de saúde já era um dos principais no Brasil. Com a pandemia, o setor sente o reflexo do holofote, que atrai investimentos e novas iniciativas. Entre os destaques, o topo da lista está com a telemedicina, que ganhou aprovação legal do senado em março e representa 8% das startups de saúde do país.

Exemplo disso é a Televita, uma clínica de consultas online que tem como objetivo conectar profissionais da psicologia brasileira a pacientes presentes em todo o mundo por meio de uma tecnologia robusta, ágil e segura. Todo o processo de escolha, agendamento e atendimento de sessão é realizado em ambiente digital, com as devidas autorizações do Conselho Federal de Psicologia.

Com sede em São Paulo, o processo de agendamento e consultas é realizado em ambiente digital. “Conseguimos expandir nossa atuação por todo o globo, uma vez que já atendemos quase 5% das vidas fora do país, seja residentes em outros países ou pessoas em trânsito”, explica Milene Rosenthal, psicóloga e cofundadora da health tech. Atualmente, contam com mais de meio milhão de vidas entre empresas, operadoras de planos de saúde e seguradoras.

Outra startup do setor é a BoaConsulta. Com mais de R$ 15 milhões em investimentos, a startup de agendamento de consultas e atendimento remoto possui mais de 1,5 milhão de pacientes cadastrados e 55 mil especialistas no aplicativo.

“O paciente não paga nada para ter acesso ao App ou site, paga apenas se agendar uma consulta ou teleconsulta particular, o valor a ser pago é o valor do atendimento estipulado pelo profissional da saúde. Este preço pode variar pois cada profissional tem um preço”, explica o CEO e cofundador, Adriano Fontana, sobre o funcionamento do aplicativo.

Também destaque no atendimento remoto, a Innovecare é uma plataforma que monitora e trata, de forma remota e por meio de protocolos clínicos consolidados, os efeitos colaterais e sintomas dos pacientes que estão em tratamento contra o câncer. “O paciente é, inicialmente, avaliado quanto à gravidade do sintoma apresentado. De acordo com as informações inseridas pela equipe médica, a plataforma descreve o procedimento a ser adotado, tais como medicamentos, frequência do contato e outros”, comenta Fernanda Diacov, sócia e CMO da Innovecare.

Sediada em São Paulo, a startup conta com mais de 2,4 mil atendimentos realizados nos últimos seis meses via plataforma. Atualmente, duas clínicas oncológicas situadas na região do Vale do Paraíba utilizam a Innovecare.

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