Conheça a história da empresa que ajuda startups a crescer

16/7/20
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Publicado por 
Redação

Gramado Summit começou a operar com empréstimo de R$30 mil e já gerou milhões em negócios

Conheça a história da empresa que ajuda startups a crescer
Conheça a história da empresa que ajuda startups a crescer

O mercado de inovação está em ascensão no Brasil nos últimos anos. Com o acesso a tecnologia cada vez mais facilitado, o consumo de soluções digitais se tornou mais comum: na hora de chamar um táxi, pedir comida em casa ou escolher o filme do fim de semana. E, o mais interessante, é o fato de que muitas empresas brasileiras lideram seus mercados nesses segmentos.

No entanto, as grandes marcas do mercado de inovação também tiveram um começo - geralmente discreto. E entender esse processo - tanto na hora de analisar os problemas enfrentados no caminho, como na hora de acompanhar as grandes tomadas de decisão que mudaram para sempre o rumo destas empresas - é fundamental para que esse mesmo sucesso possa ser aplicado por outros empreendedores.

Por isso, este artigo é um breve relato da história da Gramado Summit - um dos principais eventos de inovação da América Latina e organizadora de todo o conteúdo deste portal.

O objetivo é que você passe por todos os estágios, começando pela falência que originou a empresa, até chegar na quarta edição do evento.

Vamos lá?

O primeiro contato com os negócios

Para entender essa história, nós precisamos fazer uma breve apresentação do CEO. Marcus Rossi, anos antes de se dedicar a criação de eventos para fomento do empreendedorismo brasileiro, se aventurou por alguns anos na música.

Desde o início da adolescência, até os primeiros anos da fase adulta, sua vida era um constante subir e descer do palco. E essa trajetória na arte seria maior se um processo de sucessão acelerado não o tivesse levado ao cargo de diretor da Rossi e Zorzanello Feiras e Empreendimentos, empresa da família e responsável por um dos principais eventos de turismo do planeta.

Em 2009, nos primeiros anos da sua segunda década de vida, ele precisou trocar os vocais e a roupa casual por terno, gravata e a responsabilidade de assumir uma empresa que faturava milhões de reais por ano. Com isso, ainda, abraçar o desafio de viver um sonho que ele nunca tinha sonhado viver.

Eis um campo fértil para um extremo aprendizado.

A vida de startupeiro

Durante o processo de sucessão, Marcus passou por todos os setores da empresa, de office boy a diretor, passando pela área comercial.

Na época, muitas startups estavam emergindo no Brasil, sobretudo no mercado de compras coletivas. Um destes projetos em crescimento exponencial era a Hotel Urbano, que havia tido uma primeira participação bastante discreta no Festuris e que, retornando ao evento no ano seguinte, chegava com uma empresa mais estruturada e uma equipe com centenas de colaboradores.

Acompanhar aquele crescimento, sobretudo em um mercado não tão exponencial como o turismo, fez Marcus ir ao Rio de Janeiro conversar com o CEO da empresa, Eduardo Mendes. Da admiração por conhecer um novo modelo de gestão e da paixão por quebrar padrões, surgiu uma nova ideia: criar a mesma solução, mas para experiências de luxo e com foco em casais.

Se a Rossi e Zorzanello não era o sonho dele, talvez a empresa poderia ter levado ele ao sonho, certo? Em 2015, ele deixou a empresa para dar existência a Honey Dreams, que antes mesmo de começar a operar já tinha três sócios, uma funcionária e um investidor-anjo.

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Mais uma startup falida

O início da Honey Dreams foi animador. A empresa conseguiu levantar um aporte de R$100 mil - que depois se tornaram R$120 mil - ainda sem ter nenhum cliente. O investidor era Maurício Perutti, ex-diretor da Claro, e a equipe da empresa contava com o próprio Marcus, um sócio focado na área legal e outros dois que cuidavam do processo de passar a ideia do design e do desenvolvimento.

Como o mercado crescia muito no Brasil e a opção pelo nicho era inovadora, o projeto se tornou popular antes mesmo da operação começar. Grandes veículos de notícia do país, como G1 e Jornal do Comércio noticiaram o que viria a ser uma nova revolução.

Mas os cálculos não fechavam: dinheiro na conta, cinco sócios (contando com o investidor), uma funcionária, um escritório lindo no centro da cidade e nenhum cliente.

À frente da empresa, eles cometeram o erro que leva centenas de startups ao fechamento todos os anos: falta de experiência em gestão.

Primeiro, por querer deixar o projeto completamente pronto antes de colocar no mercado. Depois, por fazer investimentos que não eram urgentes, como a construção de um escritório moderno. Ainda, por precisar correr contra o relógio para fazer com que o dinheiro em caixa fosse capaz de sustentar a equipe até o número de clientes crescer.

Com o passar dos dias, a empolgação inicial começou a dar lugar a uma preocupação com o futuro da empresa.

Visita a Dublin

Com 10 meses de vida e nenhum pacote de viagens comercializado, a empresa precisou começar a repensar toda sua estrutura. Na época, foram feitas reuniões com novos possíveis investidores do trade turístico, mas que não evoluíram. Com as contas vencendo todos os meses, o dinheiro acabando e o projeto derrapando, só havia uma alternativa possível.

Um anúncio de Facebook levou a Honey Dreams para Dublin, no maior evento de inovação do mundo: a WebSummit. Lá, apesar de prestes a fracassar, Marcus esteve lado a lado com potências globais, como Google e DropBox, expondo na mesma feira e em contato com empreendedores de todo o mundo.

Apesar de ter atraído os olhares de investidores de diferentes continentes, nada aconteceu com a startup. Mas, em Dublin, ele encontrou algo muito difícil de se achar por aqui: oportunidade para quem está começando.

A versão brasileira

De volta a terras brasileiras, a Honey Dreams faliu. A falta de um novo aporte, aliado aos custos da viagem, secou o resto do caixa da empresa.

Com o peso de ter visto acabar o sonho de todas as pessoas que tocavam a startup com ele, Marcus retornou à Rossi e Zorzanello. Com uma ideia na cabeça e tendo que lidar com o fardo de ter fracassado, ele se sentiu atraído a retornar à criação de eventos. Era um mundo completamente diferente do que aquele em que ele tinha vivido os últimos meses, mas que poderia ser curiosamente igual.

Era preciso engolir a dor, levantar a cabeça e recomeçar.

A empresa da família, por sorte, estava repensando os próximos anos e propondo novas ideias de conferências. Depois da experiência vivida na Irlanda e com a bagagem de conhecimento do mercado brasileiro, ele já tinha sua sugestão pronta para a criação de um novo evento.

Nascia, ao menos enquanto ideia, a Gramado Summit. Para o início, R$30 mil emprestados do evento irmão - o Festuris.

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O benchmarking

Em 2016, Marcus volta à WebSummit com seu sócio na Rossi e Zorzanello, a fim de olhar para o evento com outros olhos. A cidade já era outra: Lisboa. Na época, uma negociação milionária levou a WebSummit de Dublin para Portugal. Com isso, o impacto do evento se tornou ainda maior.

O que sempre chamou a atenção de Marcus foi a capacidade que a WebSummit tinha de colocar pequenos startupeiros e projetos ao lado de corporações bilionárias, na mesma feira de negócios. Ao mesmo, gerar a conexão desses novos empreendedores com investidores interessados nestes projetos.

Depois de ter batalhado por fazer seu projeto dar certo no Brasil e ter fracassado, ele tinha uma certeza: o mercado brasileiro, em crescimento, merecia algo parecido.

Mãos à obra

Desta certeza, nasceu o maior brainstorming do Brasil.

A Gramado Summit 2017 contou com a participação de mais de 50 startups, 30 investidores e 36 palestrantes de grandes empresas do Brasil. Do interior de Gramado, no meio da zona rural, o evento foi uma mola propulsora de novos investimentos no mercado de inovação - pautando inclusive a lei que regulamentou o investimento anjo na época, no Senado Federal.

O objetivo de colocar startupeiros em contatos com investidores, venture capitals, aceleradoras e fundos de capital de risco foi cumprido com maestria. Já na primeira edição, milhões foram gerados em negócios.

Além disso, a qualidade dos palcos de conteúdo ainda deu origem a outras iniciativas empreendedoras, que marcariam presença no evento em outras edições.

O crescimento da empresa

Em 2018 e 2019, a empresa seguiu crescendo e oportunizando a novos empreendedores espaço no mercado e contato direto com clientes e investidores. Na segunda edição, startupstracionadas também se tornaram foco na feira de negócios. Na terceira, corporações com impacto global aproveitaram o evento para se conectar com o ecossistema.

Os números surpreendem:

  • Mais de 250 empresas já estiveram no evento.
  • Mais de 250 palestrantes já subiram ao palco.
  • Mais de 90 horas de conteúdo e conhecimento.
  • Mais de 6,5 mil participantes.

O mais importante a ser analisado nesse processo é que o resultado é fruto de uma sucessão de acontecimentos, começando pelo processo sucessório, passando pelo fim precoce da Honey Dreams e chegando ao evento.

A bagagem da falência e do conhecimento das grandes necessidades do mercado brasileiro de inovação permitiu a criação de um evento de impacto internacional para projetos do Brasil e da América Latina.

Provavelmente, se a Honey Dreams tivesse decolado, muitas outras empresas não teriam utilizado a Gramado Summit para conseguir investimentos e novos clientes - sem precisar cruzar o Atlântico para isso.

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O futuro: paixão por gerar oportunidades

Para a quarta edição, o evento potencializará suas raízes - colocando startups no foco - e gerará ainda mais conexões entre projetos em estágio inicial, startups tracionadas, o mercado, investidores e novos clientes.

O objetivo é servir de apoio e impulso para que novos empreendedores e profissionais possam encontrar oportunidades para si e seus negócios. Além disso, claro, obter conhecimento de qualidade em três dias intensos de imersão.


Para isso, uma área de 20 mil metros quadrados de feira está sendo construída.

Como a empresa ajuda empreendedores a crescerem

Depois de ser apontada como um dos principais eventos do planeta no setor, a Gramado Summit ajuda empreendedores a partir da geração de conhecimento, networking e oportunidades.

São dezenas de horas de conteúdo com palestrantes do Brasil e do exterior. Além disso, para empresas, são milhares de oportunidades com novos clientes e investidores.

A história da empresa se confunde com a de muitos projetos de sucesso: o uso da experiência com projetos que não deram certo para empreender de maneira mais madura e que impacte o mercado. O resultado acaba sendo gerando impacto nacional, com destaque inclusive em veículos como Isto É, Terra, Forbes e O Globo.

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Como a Gramado Summit pode te ajudar

Se você tem um projeto em estágio inicial, uma startup tracionada ou quer se inserir nesse mercado, o evento pode contribuir muito para o seu crescimento.

É importante que você entenda o seu real propósito. E, claro, se houver dúvidas, você pode contar com o evento para identificar ele. Veja o convite do CEO:

"A Gramado Summit é a prova de que as dificuldades e fracassos podem ensinar muito. Se a Honey Dreams não tivesse me levado para Dublin, provavelmente o evento não existiria. Se ele não tivesse acontecido pela primeira vez, lá em 2017, provavelmente muitas outras startups - que cresceram a partir dele - também não teriam decolado.

Hoje, nós mantemos a essência do início: colocar projetos em estágio inicial em contato com investidores; também, claro, gerar uma infinidade de novos negócios para empresas já tracionadas.

Se sua empresa busca crescer ou validar sua ideia, o evento é pensado pra ela. Participe com a gente". - Marcus Rossi.

Converse com o time da empresa no botão abaixo. Você poderá descobrir como crescer sua ideia ou carreira a partir das conexões que o evento pode gerar.

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