Assessoria de investimentos: entenda a importância na hora de investir e ampliar seu patrimônio
Especialistas explicam os pilares para prestar uma boa assessoria

Quando chega a hora de investir, muitos têm dúvidas sobre como aplicar o seu próprio dinheiro, cuidar ou ampliar o seu patrimônio. A partir desse momento, dúvidas surgem e é necessário que haja conhecimento necessário sobre o assunto, pois investir pode parecer simples, mas requer experiência e conhecimento necessário para reduzir riscos.
Na maioria das vezes, quando um investidor mais inexperiente deseja cuidar melhor do seu dinheiro, ele recorre aos bancos tradicionais ou prefere deixar seus rendimentos em uma poupança. Mas existem escolhas melhores que podem ser feitas para que o dinheiro seja administrado de uma forma mais rentável, segura e eficaz, de acordo com os objetivos de cada investidor. Para que isso aconteça, muitas pessoas optam por terceirizar esse serviço para as mãos de quem entende do assunto, como os assessores de investimento. Esse serviço se torna necessário tanto para investimentos mais básicos, como para investimentos mais robustos.
Segundo uma matéria publicada pelo portal Economic News Brasil, com dados da Associação Nacional das Corretoras e Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários, Câmbio e Mercadorias (Ancord), o mercado de assessores de investimentos está em expansão no Brasil. A pesquisa mostra que o número de profissionais vinculados a instituições financeiras teve um aumento de 27,25%, subindo de 14 mil para 17 mil.
Pensando nisso, a equipe da redação Start conversou com dois especialistas no assunto, Eduardo Porto Ramis, assessor private na Ável | XP Investimentos, e Ana Paula Bernar, assessora de investimentos, que explicam o conceito e a importância de entender seus clientes na hora de direcionar corretamente cada investidor.
Eduardo atua diretamente na rotina de captação de clientes e ajudando pessoas a otimizar, conservar e gerenciar seu patrimônio de forma personalizada e intimista. Antes de se inserir no mercado financeiro, o assessor já atuava no setor comercial e gerenciava suas próprias finanças, o que despertou o interesse pelo universo dos investimentos e ajudou a trilhar seu caminho até a atual função.
Ao longo da sua trajetória, o assessor se especializou e se destacou com uma performance que o levou a se tornar um dos sócios da Ável, em um processo onde a empresa avalia o desempenho dos colaboradores.
Durante o processo de captação, Eduardo compartilha que existem algumas estratégias a serem levadas em consideração, como o uso de campanhas de marketing digital e tráfego pago direcionado para os clientes em potencial. Além disso, é preciso estar presente em ambientes onde os perfis de clientes estão e se dedicar para prestar serviços de excelência.
Ele explica que, inicialmente, o trabalho do assessor de investimentos deve seguir alguns quesitos, como atender os clientes da sua base de forma eficiente e prospectar novos clientes. Apesar de parecer simples, ele afirma que o trabalho exige que o assessor atue com uma rotina organizada para auxiliar seus clientes de forma eficiente, tendo atenção na revisão e no manuseio das carteiras de investimentos.

“É um trabalho que exige muita atenção e tempo. Quanto mais robusta fica a base do assessor, mais preparo ele tem que ter para conseguir lidar com demandas mais sérias, mais complexas. A principal tomada de decisão do assessor é auxiliar na tomada de decisão, na escolha correta de ir para o lado A ou para o lado B. O assessor tem que estar afiado do ponto de vista técnico, se manter atualizado com o mercado, conseguir adaptar a linguagem e orientar o tipo de investimento para perfis diferentes de investidor. É preciso conhecer o investidor para saber orientar”, explica.
Já para Ana Paula, a caminhada para o mercado de investimentos começou em 2016, quando ingressou no banco e passou a se interessar nesse universo. A partir desse momento, Ana Paula percebeu que os produtos de investimento oferecidos por bancos são limitados com pouca personalização. Então, a especialista passou a buscar no mercado maneiras mais atrativas de auxiliar as pessoas com seus patrimônios e encontrou o escritório da Ável | XP Investimentos.
Ana Paula atua diretamente no relacionamento com o cliente e afirma que é essencial que o assessor consiga se moldar ao perfil do cliente, agindo de forma adaptável e apresentando as oportunidades para os clientes de acordo com o que ele busca.
“Esse match entre assessor e cliente acontece e muitas vezes não acontece. Então, essa forma de buscar relacionamento também é direcionada conforme a conexão. Tirando essa característica do cliente e assessor, o mais importante é a confiança, independente do perfil é preciso haver confiança no teu trabalho. Se o cliente não tiver confiança no teu trabalho, infelizmente você não consegue orientar e passar a informação de forma clara e objetiva”, comenta Ana.
Eduardo acredita que, para o bom assessor conseguir agregar valor na vida financeira do cliente, precisa desenvolver habilidades, como assumir a posição de ser o braço direito do cliente no mercado financeiro. Outra habilidade essencial é a responsabilidade e o zelo com o patrimônio e os objetivos do cliente. Além disso, é necessário ter uma capacidade técnica relevante e uma capacidade comunicativa em constante evolução, para saber passar conceitos técnicos de forma didática para os investidores ou possíveis clientes.
“É preciso ter expertise de entender a capacidade e a necessidade de cada cliente, tentar extrair isso para, assim, fazer sugestões assertivas e recomendações de planejamento corretas para a realidade de cada um. Dentro da Ável existem vários segmentos justamente para conseguir prestar o melhor atendimento possível. Trabalhamos com perfis desde a pessoa física, que já tem algum tipo de patrimônio financeiro, mas esse patrimônio pode estar no começo do desenvolvimento dele, ou com pessoas jurídicas. Entender se o perfil do investidor é mais arrojado ou mais conservador é muito relevante para o trabalho que vai ser executado”, explica Eduardo.
Ele afirma ainda que sua especialidade se aplica a atender clientes que já atingiram um nível de patrimônio elevado, atuando por meio de soluções ainda mais personalizadas e demandas mais complexas. O objetivo da Ável é quebrar os paradigmas de que a assessoria de investimento é aquela figura do gerente de banco, sendo o braço direito da vida financeira do investidor, auxiliando em todas as demandas e apresentando produtos e soluções inovadoras para cada perfil de investidor.
“Tem pessoas que podem estar preocupadas não só com a rentabilidade dos investimentos, mas com aspectos tributários, sucessórios, aspectos orçamentários, aquisições não relevantes ou de vendas de ativos. Pensando em tudo isso, a gente acaba prestando essa assessoria financeira completa, com conhecimento do mercado em geral”, completa Eduardo.

Conforme explica Ana Paula, o estudo de carteira funciona com base em três pilares que vão de acordo com o perfil de clientes, seja ele conservador, moderado ou agressivo, analisando se a renda do investidor é passiva ou acúmulo patrimonial. A comunicação fluida e o estudo constante são classificados como habilidades essenciais para o trabalho do profissional da área financeira, facilitando a compreensão do cliente.
“A gente precisa entender aquilo que o cliente busca, porque muitos vão te dizer que buscam um investimento a curto prazo, e outros vão dizer que é médio ou longo prazo. Mas o que é curto, médio e longo para aquela pessoa? Dentro do mercado a gente tem uma definição, mas muitas vezes a pessoa entende que curto prazo é daqui a seis meses. Isso faz parte do nosso trabalho, a gente precisa falar a mesma língua na hora de montar uma carteira”, completa Ana.