Batom que usa IA para aplicação autônoma é reconhecido no mundo

Imagine um batom que se aplica sozinho, com precisão, autonomia e propósito. Parece ficção científica, mas é realidade: desenvolvido ao longo de sete anos pelo Grupo Boticário, o primeiro batom inteligente do mundo acaba de ser reconhecido internacionalmente. A inovação conquistou o People's Choice Award no SXSW Innovation Awards 2025, em Austin, nos Estados Unidos. A premiação, decidida por voto popular, consagrou o projeto como um dos mais inspiradores do maior festival de inovação e tecnologia do planeta.

Criado com tecnologias de ponta como inteligência artificial e visão computacional, o batom foi pensado especialmente para pessoas com deficiência visual ou limitações motoras nos membros superiores. Com um simples toque de botão, o dispositivo fotografa o rosto do usuário, mapeia os lábios, aplica o batom com precisão e realiza uma verificação final para garantir o acabamento perfeito.

Por trás dessa inovação está uma forte rede de colaboração. O protótipo foi desenvolvido em parceria com o centro de inovação CESAR, a empresa Neurobots e a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (EMBRAPII) — reforçando o potencial da tecnologia nacional em criar soluções que realmente transformam vidas.

De acordo com o diretor executivo de Pesquisa e Desenvolvimento do Grupo Boticário, Gustavo Dieamant, o projeto mostra o que acontece quando tecnologia e propósito caminham juntos. Ele destaca que a equipe envolvida contou com 42 profissionais, entre engenheiros, designers de produto, especialistas em UX e diversidade, que trabalharam incansavelmente para dar vida à ideia. “Queríamos garantir que qualquer pessoa pudesse experimentar a alegria e a confiança de aplicar um batom de forma independente”, afirma.

A iniciativa também reforça o compromisso do Grupo Boticário com a diversidade e a acessibilidade, valores que orientam a atuação da empresa dentro e fora dos seus laboratórios. Para Dieamant, o batom inteligente representa uma mudança de paradigma. “Não é só sobre beleza. É sobre autonomia, autoestima e pertencimento”, ressalta.

Para o CEO do CESAR, Eduardo Peixoto, esse reconhecimento internacional é um marco para o Brasil. “Mostra que temos competência para desenvolver tecnologias com impacto real. Unir inovação à causa da inclusão é algo que nos enche de orgulho”, diz.

‍