Bertha Capital investiu mais de R$ 53 milhões ao longo de 2023; fintechs e healthtechs se destacaram

Ao longo de 2023, a Bertha Capital, gestora de recursos especializada em venture capital, direcionou um montante de R$ 53,4 milhões em investimentos estratégicos: desse total, o setor Healthtech recebeu R$ 20 milhões em investimento; os setores Turistech e Logtech receberam R$ 1 milhão cada; e o setor Condotech recebeu R$ 800 mil. O segmento que recebeu o maior valor em aportes, porém, foi o Fintech, correspondendo a R$ 30,6 milhões do valor total.

O foco no setor reflete não apenas uma perspectiva de retorno financeiro, mas também a confiança dos investidores na capacidade das fintechs em impulsionar a inovação e a inclusão financeira.

"O Brasil experimentou um grande crescimento nesse setor nos últimos anos. A competição entre as fintechs e as instituições financeiras tradicionais tem beneficiado os consumidores, que passam a contar com serviços mais eficientes e inovadores”, diz Rafael Moreira, founder e CEO da Bertha Capital.

“Além disso, as fintechs têm desempenhado um papel crucial na inclusão financeira, atendendo a segmentos da população que tradicionalmente não tinham acesso a serviços bancários."

A Bertha Capital também direcionou boa parte dos seus investimentos para a região Norte do Brasil: foram 15 startups investidas na região, somando um total de R$ 44 milhões em aportes. A estratégia tem o objetivo de diversificar a atuação da gestora, mas também de impulsionar o potencial de crescimento de áreas tradicionalmente menos exploradas pelo ecossistema de inovação.

"A região Norte tem um potencial significativo tanto para o desenvolvimento econômico quanto para a promoção da sustentabilidade. Reconhecemos que a região ainda enfrenta diversos desafios estruturais e buscamos contribuir para superá-los, investindo em empresas e iniciativas que buscam soluções inovadoras e sustentáveis", aponta Rafael Moreira.

Dados recentes da Associação Brasileira de Startups (Abstartups) indicam que a Região Norte conta com apenas 4,7% das startups mapeadas no país. Embora o número tenha crescido em relação ao ano anterior, o território ainda enfrenta obstáculos - como a infraestrutura deficiente, a falta de um ambiente de negócios dinâmico e competitivo, a baixa formação de capital intelectual, e a dificuldade na atração e geração de talentos; além do "custo Amazônia", ou seja, o encarecimento causado pela logística de distribuir produtos a partir da região.

"A Região Norte e a Amazônia Legal como um todo também se apresentam como uma potência no segmento da bioeconomia, integrando crescimento econômico, conservação ambiental e sustentabilidade. Startups que trabalham a bioeconomia utilizam de forma inteligente os recursos naturais, e o Brasil tem potencial para se tornar uma referência mundial nesse campo”, explica o CEO Rafael Moreira. “O problema é que os investidores muitas vezes desconhecem o território e o potencial dos negócios locais, o que enfatiza a importância de destinar investimentos que contribuam com o desenvolvimento do ecossistema de inovação da região.”

Sobre a Bertha Capital

Liderando mais de 10 fundos e 30 investimentos, a Bertha Capital impulsiona ecossistemas inovadores, solucionando desafios complexos nas principais cadeias produtivas do país. A atuação da gestora é impulsionada pelo potencial de combinar recursos de P&D com empreendedorismo tecnológico, por meio de modalidades como Venture Capital, Corporate Venture Capital e Venture Building. A Bertha Capital acredita no poder transformador da conexão entre empresas inovadoras e startups promissoras, promovendo crescimento econômico, sustentabilidade e inclusão. Com escritórios localizados em Curitiba (PR), Manaus (AM) e São Paulo (SP), a Bertha Capital busca contribuir para o avanço do ecossistema de inovação brasileiro e a promoção de soluções que impactem positivamente a sociedade e o meio ambiente.