Chegada do inverno estimula a solidariedade e movimenta o comércio

29/6/23
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Publicado por 
Redação Start

Com a queda das temperaturas, consumidores buscam alternativas para se aquecer

Da mesma forma que no verão a busca por ventiladores e ar condicionados se intensificam por parte da população, no inverno, os produtos mais frequentes são os aquecem os consumidores. Agora é a hora em que a população do hemisfério sul se prepara para as temperaturas mais baixas, tirando os casacos e as mantas do armário e passando a buscar alternativas de se manter aquecido.

Esse movimento pode ser percebido lentamente já no outono, quando as temperaturas começam a baixar ao decorrer do dia. Na última terça-feira, 20 de junho, foi marcado como o primeiro dia da estação mais fria do ano. Segundo dados do Inmet/Inpe, as temperaturas ficarão acima da média este ano em algumas regiões do país, tornando o inverno mais quente do que o percebido em 2022.

O conteúdo confirma ainda que as temperaturas terão uma certa variação, com chuvas abaixo da média. No entanto, durante alguns dias, a chegada de massas de ar polar podem derrubar as temperaturas, provocando geadas nos pontos mais altos. Mesmo com uma realidade pouco mais amena, ainda é necessário que haja uma preparação com relação às temperaturas.

Em Gramado, cidade na Serra Gaúcha, a prefeitura iniciou uma campanha de doação, preparando a população e equipando as famílias mais carentes com peças mais quentinhas. A Campanha do Agasalho teve início no dia 01 de junho e vai até o dia 01 de julho. A coordenadora do projeto, Márcia Pimel, afirma que toda a população pode participar fazendo a sua doação, levando agasalho de inverno e cobertores até um dos mais de 30 pontos de coleta.

“Temos pontos de coleta espalhados por todo o município, onde os doadores podem deixar suas peças. Neste momento estamos precisando de roupas masculinas e cobertores, mas recebemos roupas em geral. As peças são doadas para famílias carentes que procuram ajuda nos Cras Várzea, Vila Verde e Piratini. Fazemos um trabalho de separação das peças conforme a necessidade de cada família”, afirma Márcia.

Para quem deseja doar, é necessário que se dirija a um dos pontos de coleta, localizados na  Prefeitura de Gramado; Secretaria de Cidadania e Assistência Social; Secretaria da Cultura; Secretaria da Educação; Gramadotur; Cras Várzea Grande; Cras Vila Verde; Posto de Saúde da Várzea; Posto de Saúde do Centro; Posto de Saúde Floresta; Farmacias Líder (3); Farmacias Panvel (4); Farmacias São João (3); Mercados Sthal (4); Mercado Brombatti; Mercado Nacional; Mercado Gross; Mercado Berti; Super Rissul; Hospital Arcanjo São Miguel; Posto Alfa; Escola Ninho; Escola Cenecista Visconde de Muá; Sicoob; Mini Mundo; Hotel Sesc.

Quando as temperaturas caem, o mercado aquece

Foto: Arquivo pessoal

Mais do que roupas para aquecer, muitas famílias buscam formas de manter os ambientes internos mais agradáveis, como fogões à lenha, lareiras e calefatores. Por isso, pessoas passam a buscar fornecedores de lenha para alimentar as chamas e aquecer os ambientes.

Para o empreendedor e agricultor Roberto Inácio Faiz, as expectativas são sempre positivas com a chegada de períodos mais frios. Em comparação aos dois anos anteriores, a busca por lenha em 2023 ainda está lenta, mas começa a se intensificar à medida que as temperaturas começam a baixar. Ele afirma que a procura por lenha começou a aumentar agora na metade do mês de junho, quando as previsões começaram a ficar entre 14°C e 3°C.

“Posso afirmar que por enquanto, neste ano foram alguns “picos” de alta demanda. Durante o mês de maio, recebi uma média de 80,4% de chamadas a menos em comparação ao mesmo período do ano passado. Indo além das comparações de poucos anos, arrisco ir além. Há quase dez anos, vejo que a procura pela lenha vem diminuindo, já que surgiram no mercado novas formas de produzir aquecimento, que têm sido utilizadas como alternativas à lenha briquetes e pellets por exemplo”, explica Roberto.

O empreendedor trabalha com comércio de lenha há mais de trinta anos, atuando desde 1990. Nos períodos mais quentes, Roberto atua preparando a lenha para o inverno. O trabalho envolve uma série de processos que exigem atenção para que no fim, a lenha consiga queimar de forma adequada, no início é preciso fazer um estoque do produto e a manutenção das ferramentas e instrumentos utilizados, como os caminhões e máquinas de corte. É preciso que haja um bom estoque armazenado em pilhas e tampadas com lona, para que não fiquem úmidas e apodreçam.

O trabalho com a lenha é realizado conforme a demanda, se há pouca procura, a produção e o fornecimento diminui, se há muita procura, a produção e o fornecimento aumentam. Por esse motivo, ele afirma que é necessário que haja um planejamento financeiro e uma reserva emergencial para o bom andamento do negócio. Fora dos períodos de alta, a lenha é produzida em sua maioria para hotéis e estabelecimentos que possuem caldeiras.

Ele compartilha que quando se trata de hotéis e estabelecimentos comerciais, os pedidos são feitos sempre em carga cheia, mas pode depender também do espaço de armazenamento que cada um possui. Durante o inverno, ele afirma atender vários hotéis e pousadas que, dependendo da temperatura, realizam dois ou mais pedidos a cada semana. Por esse motivo, é preciso estar atento às condições climáticas para planejar as estratégias com relação à demanda e às perspectivas de consumo para não deixar nenhum cliente correr o risco de ficar sem lenha.

“Em alguns locais, o espaço para armazenar a lenha é pequeno, então nos dias mais frios o consumo aumenta, às vezes acontece a correria para tentar entregar lenha para todos. Nesses casos faço cargas menores para conseguir atender a demanda e levo até mesmo fora do horário comercial. A minha prioridade é atender os hotéis e estabelecimentos, clientes que consomem lenha o ano todo e compram de mim há muitos anos. Nestes casos, como já conheço o funcionamento, consigo me organizar para atender a todos”, diz Roberto.

Roberto afirma que fazer fogo à lenha faz parte de uma prática social milenar e está intimamente associado à sensação que proporciona e que muitas pessoas optam por seguir a tradição da “colônia” de cozinhar no fogão à lenha. Em termos técnicos, o agricultor diz que o fogo de lenha, principalmente se produzido utilizando lenha de acácia seca, gera um potencial calorífico elevado e prolongado em relação a outros métodos. Em comparação aos eletrodomésticos e eletroportáteis, existe um quesito que deve ser levado em consideração, que é a praticidade de simplesmente ligar o aparelho e aquecer o ambiente.

Mas, no seu ponto de vista, apesar dos benefícios da utilidade, ele acredita que a lenha é uma forma mais econômica, saudável e segura de se aquecer. “Não se pode ignorar a consequência adicional de conforto, pois o fogo que aquece e ilumina é esteticamente e sensorialmente mais aconchegante do que um aparelho eletrodoméstico. Por ser um recurso natural e convidativo, o ambiente cujo calor é proporcionado pelo fogo se torna único e nesse ponto não se compara com formas de aquecimento artificial”, diz.

Lembrando que toda a lenha produzida pelo agricultor é de origem de acácia de reflorestamento À medida que as árvores são cortadas, Roberto e sua equipe prepara o terreno para o recebimento de novas mudas no lugar. Desta forma, a atividade se torna algo sustentável e a lenha pode ser vista como um recurso renovável.

Foto: Divulgação

Do ponto de vista mais prático, há quem prefira aquecer seus ambientes optando pelos aquecimentos elétricos, com uma gama de opções para o consumidor. Por isso, a equipe do Start conversou com uma empresa especializada em aquecimentos, a Giacomet. Segundo a gerente comercial da Giacomet de Caxias do Sul, Marcia Callai, os sistemas de aquecimento da Giacomet, calefação e piso aquecido são sistemas pensados em projeto, pensado antes mesmo da interferência do clima.

Mas com a chegada do inverno, ela afirma que a procura já aumentou, mas apesar do aumento, ainda não foi possível notar mudanças significativas. Com relação aos anos anteriores, a procura ainda se mostra menor, visto que as pessoas têm reduzido seus hábitos de consumo. Caso as temperaturas baixas permaneçam em uma média de 30 a 60 dias, as procuras tendem a aumentar.

A Giacomet foi fundada em 1968 e ao longo dos 55 anos de atividades no mercado desenvolveu uma série de projetos e produtos, aprimorando seus serviços, executando obras relevantes para a região e se consolidando como uma das principais empresas de aquecimento da região. A empresa conta com uma variedade de produtos que atende projetos residenciais, comerciais, industriais, e até mesmo clínicas, hospitais, pousadas e hotéis pelo Brasil, principalmente regiões onde as temperaturas costumam ser mais baixas.

Márcia afirma que nesse período, os sistemas de aquecimento mais procurados pelos consumidores são os sistemas de radiadores, visto que a instalação é mais simples em imóveis já prontos, tanto para residências quanto para empresas. Já o sistema de piso aquecido, outro produto que é a especialidade da empresa, é necessário que haja um planejamento mais antecipado, devido a necessidade de implantação embaixo do revestimento de piso. Por esse motivo, ela afirma que esse modelo de aquecimento é utilizado em novas obras e projetos residenciais e empresariais.

Entre os estabelecimentos que mais buscam os serviços da Giacomet, Márcia cita os hotéis, pousadas e estabelecimentos comerciais. Ela classifica o aquecimento de piso um dos mais indicados para os ambientes, devido a distribuição de calor para todo o ambiente de baixo para cima, aquecendo as extremidades e trazendo conforto imediato para o cliente.

“Temos diversos projetos, porém ainda ainda algumas empresas não sabem avaliar o melhor custo benefício para o empreendimento. Apesar disso, sempre recomendamos utilizar os serviços de uma empresa bem estruturada como a Giacomet, que atende desde os estudos, viabilidades, fabricação de equipamentos, importação direta de equipamentos e a instalação de todos os sistemas, como também as manutenções e pós vendas, com adequações de manutenções preventivas no caso de hotelaria. Prolongando a vida dos sistemas e principalmente evitando maiores gastos com sistemas parados durante o inverno”, conclui Márcia.

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