Lideranças mudam o layout dos escritórios para atrair colaboradores ao modelo híbrido

16/9/22
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Redação Start

De acordo com um levantamento do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) compilado pela LCA Consultores, o Brasil bateu recorde de pedidos de demissão nos últimos 12 meses

Já está mais que comprovado que um ambiente de trabalho saudável estimula e aumenta a produtividade do colaborador. Mas, afinal, o que é um ambiente de trabalho saudável? Basicamente, todo e qualquer espaço que motiva o profissional a oferecer e entregar sempre o seu melhor, não se limitando apenas ao ambiente físico.

Fatores como cultura organizacional, diversidade entre as equipes e aspectos sociais da empresa também estão conectados à estrutura do ambiente corporativo. Sendo assim, o efetivo local de trabalho, isto é, o espaço físico, é apenas uma junção de todos esses pontos. “Hoje, além do espaço físico, as lideranças devem pensar na saúde mental e no bem-estar do colaborador. Isto possibilita que a cultura da empresa seja desenvolvida sempre de acordo com os valores da organização, mas com braços abertos a novas possibilidades. O empresário inteligente é aquele que busca neste momento oferecer um ambiente de trabalho diferente do que existia antes da pandemia. Por isso, cada vez mais teremos ambientes com menos mesa e muito mais descompressão”, explica Pamela Paz, CEO do Grupo John Richard, maior empresa de assinatura de móveis para escritórios e residências do Brasil.

Um ambiente de trabalho saudável estimula além da produtividade, a retenção e atração de talentos, atual desafio para as empresas. De acordo com um levantamento do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) compilado pela LCA Consultores, o Brasil bateu recorde de pedidos de demissão nos últimos 12 meses. Ao todo, foram 6.175.088 pedidos de demissão, de trabalhadores com carteira assinada, entre junho de 2021 e maio de 2022.

Diante de um cenário propenso à novos modelos de trabalho, Pamela destaca que executivos têm procurado a John Richard para refazer os escritórios, e a tendência é que as baias - aquelas mesas destinadas aos colaboradores, que ficam lado a lado, centralizadas no escritório - fiquem cada vez mais obsoletas. “Percebemos uma mudança no layout dos escritórios que estamos atendendo. O foco dos times de RH e lideranças é tornar o espaço mais atrativo, com um toque acolhedor, ao invés daquela estrutura que exala trabalho incessante. Já que os colaboradores perceberam que é possível trabalhar de casa, nosso trabalho agora tem sido transformar o trabalho presencial em um ambiente renovado, que estimule a criatividade e espírito de coletividade de todos”, analisa a executiva.

Empresas como Center Norte, Easy Cred e Biosphere Hub já estão nessa toada de mudar a estrutura do espaço de trabalho, e não é à toa: apenas 13% dos profissionais do mundo inteiro estão efetivamente engajados, segundo um estudo elaborado pela Gallup, empresa de pesquisa de opinião dos Estados Unidos. Desta maneira, Pamela destaca outras mudanças que têm visto no mercado de trabalho - e que já foram implementadas pelo Grupo John Richard para aumentar o engajamento de colaboradores, melhorar a produtividade, reduzir turnover e elevar o nível das entregas:

Jornadas flexíveis

Flexibilidade é a expressão do momento no mercado de trabalho. As jornadas flexíveis também são conhecidas como jornadas móveis e proporcionam mais autonomia e liberdade para o colaborador. A partir dela, gestão e colaborador entram em comum acordo referente ao cumprimento da jornada de trabalho. Lembrando que a flexibilização pode acontecer desde a forma que as entregas são feitas, na organização dos horários de trabalho ou até mesmo na decoração do escritório.

Ergonomia

Comodidade e flexibilidade também podem ser oferecidas por meio de cadeiras, mesas e acessórios ergonômicos, com qualidade, de maneira sustentável e inteligente. Garantir conforto, padronização e, sobretudo, o cumprimento das normas de ergonomia para os trabalhadores que desempenham suas funções, seja nas suas residências ou nos escritórios é fundamental, sempre de acordo com os gostos e necessidades de cada colaborador.

Benefícios

A evolução dos modelos de trabalho obrigou as empresas a repensarem os benefícios oferecidos aos colaboradores. Isto é, ao passo que as organizações flexibilizam a forma de trabalho possibilitando que se trabalhe um ou mais dias em casa, é necessário oferecer condições seguras e confortáveis. O Work.in, por exemplo, é um excelente benefício para o queridinho trabalho híbrido, uma vez que garante conforto, padronização e cumprimento das normas de ergonomia para os colaboradores que realizam parte das suas atividades no home office.

Tendência do momento, o coworking também traz benefícios significativos a partir do compartilhamento de escritórios, como o networking. A troca de ideias, experiências e até a atuação em parceria entre as empresas e os profissionais promove criatividade, um ambiente agradável e, acima de tudo, estimula a produtividade.

Valorização de talentos

Modelos organizados e produtivos de trabalho flexível possibilitam que as empresas saiam na frente em relação à atração e retenção de talentos. Uma cultura organizacional sólida e bem difundida além de identificação com a empresa, mantém o profissional motivado por mais tempo. Feedbacks constantes, reconhecimento profissional e pesquisas de clima organizacional auxiliam as empresas a mapear como os colaboradores se sentem, abrindo espaço para mais transparência e comunicação.

Espaços de descanso e relaxamento

Um escritório que prioriza o colaborador colhe bons frutos de motivação da equipe, aumento do bem-estar e da produtividade. Por isso, cada vez mais os espaços corporativos são mais plurais e oferecem áreas de lazer e descanso aos profissionais que podem descansar, relaxar e descontrair entre as atividades.

Relacionamento com a gestão

Embora pouco disseminada no Brasil, a cultura de speak up busca tornar o ambiente de trabalho um local mais acolhedor e seguro para os colaboradores expressarem suas ideias e preocupações, sem medo ou insegurança. Desta forma, o profissional além de cultivar um sentimento de pertencimento à empresa, contribui com boas ideias e insights capazes de transformar a rotina e os resultados da organização.

Apoio à saúde física e mental

Diversidade, incentivo e preocupação com a saúde mental e física são premissas para um RH humanizado. Uma cultura organizacional tóxica que incentiva a rivalidade entre os colaboradores e a sensação de instabilidade estão entre as principais causas da Síndrome de Burnout. Por isso, incentivar as relações interpessoais, lideranças horizontais e proporcionar um ambiente seguro, em que os colaboradores confiam uns nos outros, é fundamental na construção de um ambiente de trabalho saudável.

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