Quatro pontos estratégicos para implementação de um Corporate Venture Capital

8/8/24
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Publicado por 
Redação Start

Dados do Global Corporate Venturing Institute revelam que o país tem mais de 80 fundos ativos nesta categoria, sendo 75% criados nos últimos quatro anos

Foto: Divulgação
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No Brasil, o mercado de CVCs tem crescido significativamente nos últimos anos, refletindo o interesse das corporações em se envolverem com o ecossistema de startups e inovação. Dados do Global Corporate Venturing Institute, revelam que o Brasil tem mais de 80 fundos de corporate venture capital ativos, sendo 75% deles criados nos últimos quatro anos, percentual maior do que a média global, que gira em torno de 40%. Isso porque as corporações brasileiras têm investido em uma variedade de setores e muitas optam por colaborar com aceleradoras ou fundos de venture capital para acessar oportunidades de investimento e compartilhar conhecimento de mercado.

“É uma forma para as corporações terem acesso a tecnologias inovadoras, talentos e insights de mercado, ao mesmo tempo em que fornecem às startups financiamento, expertise e potenciais parcerias estratégicas. O CVC pode ajudar essas empresas de tecnologia a crescerem mais rapidamente e a acessarem recursos que de outra forma não teriam, enquanto permitem que as corporações se mantenham à frente das tendências do setor e que potencialmente podem se tornar disruptivas em seus próprios mercados”, esclarece Guilherme Amorim, Head of Innovation Services da Wayra Brasil.

Para que a tese das companhias tenha sucesso, é preciso considerar alguns pontos estratégicos que garantirão o sucesso da iniciativa. A seguir, o Head detalha quais são:

Alinhamento com a estratégia corporativa

O CVC deve estar alinhado com os objetivos de longo prazo da empresa, complementando sua estratégia de inovação e crescimento. “Identificar os setores e tecnologias-chave nos quais a empresa deseja investir e estabelecer metas claras para o CVC, como retorno financeiro, acesso a novas tecnologias ou desenvolvimento de parcerias estratégicas é fundamental”, analisa Amorim.

Estruturação adequada

Determinar a estrutura e governança do CVC, incluindo tamanho do fundo, equipe dedicada, processo de tomada de decisão e integração com a empresa-mãe é um dos primeiros passos. “Para muitas corporações, esse processo é mais moroso por não saberem por onde começar, por isso muitas empresas têm contratado o serviço de CVC as A Service com empresas que já têm uma trajetória neste segmento, para abrirem caminhos para a inovação aberta”, explica o Head.

Capacidade de execução ágil

Ter a capacidade de tomar decisões de investimento de forma rápida e eficiente, aproveitando oportunidades de mercado e respondendo às mudanças no cenário competitivo é o caminho para um sucesso de um CVC. “Teste Provas de Conceito, tire os impedimentos para a inovação acontecer e para isso, busque parcerias estratégicas com outras empresas de venture capital, aceleradoras, universidades ou instituições de pesquisa para aumentar o acesso a oportunidades de investimento e compartilhar conhecimento e recursos”, aconselha.

Acesso a recursos e expertise

Oferecer suporte e recursos adicionais além do financiamento, como mentoria, acesso a redes de contatos, desenvolvimento de negócios e recursos de marketing, agrega valor para as startups, que projetarão no investimento a possibilidade não apenas de captar recursos, mas de expandir a geração de novos negócios. “Ao considerar esses pontos estratégicos, as corporações podem criar um CVC bem-sucedido que impulsione a inovação, promova o crescimento e gere retornos sólidos ao mesmo tempo em que fortalece sua posição competitiva no mercado”, encerra Amorim.

Sobre a Wayra:
A Wayra, hub de inovação aberta da Vivo no Brasil e da Telefónica no mundo, investe, escala e conecta startups com corporações e outros parceiros. O objetivo é gerar oportunidades de negócios e inovação em conjunto. Criada em 2011, a Wayra opera em nove países (Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Alemanha, México, Peru, Espanha e Reino Unido) e já investiu mais de 66 milhões de euros em startups. Atualmente, 550 startups fazem parte do portfólio de inovação aberta global da Telefónica. Presente no Brasil desde 2012, a Wayra Brasil já investiu cerca de R$ 30 milhões em 84 startups e, atualmente, conta com 25 empresas ativas em seu portfólio, sendo que mais de 43% delas possuem contratos ativos com a Vivo. As áreas prioritárias são educação, saúde, finanças, internet das coisas (IoT), inteligência artificial (IA), 5G, big data, Advanced Anaytics, Computação em Nuvem (Cloud Computing), cibersegurança, greentechs, entre outras.

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