Treinamento e desenvolvimento não são prioridade para as empresas: quais são as consequências e como mudar a realidade?
Queda da produtividade e perda de competitividade podem ser prejuízos decorrentes da falta de investimento; Gerar novas formas de engajamento para educação é essencial, de acordo com o objetivo da organização
Empresas atuantes no Brasil investem apenas 2,3% da folha salarial em treinamento e desenvolvimento dos colaboradores, segundo o estudo da Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento (ABTD). Por conta disso, podem sofrer com alguns prejuízos que podem ser vistos no curto e no longo prazo: aumento de turnover, diminuição da produtividade e engajamento dos colaboradores, queda no desempenho financeiro, entre outros.
Hoje, em ambientes de trabalho cada vez mais dinâmicos e com a interação de diferentes gerações, é essencial que a liderança busque diferentes formas de tornar o processo de aprendizagem horizontal. “Com a ascensão de tecnologias, como a inteligência artificial, o processo de padronizar mensagens para promover o aprendizado em escala se tornou mais simples. Porém, grande parte das empresas ainda têm dificuldade para metrificar os treinamentos e gerar um aprendizado contínuo em todos os departamentos da organização”, comenta Jan Krutzinna, CEO e fundador da ChatClass, startup com a missão de democratizar o acesso à educação de qualidade.
O executivo explica que é função da área de Recursos Humanos e Gestão de Pessoas mapear quais são os pontos mais críticos e importantes de aprendizado para cada área da organização, mas que isso deve ser pensado em conjunto com toda a liderança para a disponibilização de conteúdos ainda mais profundos aos colaboradores.
“Uma pesquisa do LinkedIn mostra que sete em cada dez pessoas afirmam que a aprendizagem aumenta o sentimento de pertencimento com a empresa. Quando a liderança está engajada com o propósito, isso demonstra o interesse genuíno em promover uma capacitação de qualidade”, informa Krutzinna.
Novas formas de promover o aprendizado nas organizações
Jan Krutzinna pondera que os treinamentos nas companhias podem ganhar novas camadas para se tornarem mais profundos e eficazes.
“Grandes apresentações em PowerPoint são importantes e têm o seu valor, mas é essencial pensar em diferentes formatos para pulverizar os conteúdos e torná-los acessíveis para toda a organização - caso esse seja o objetivo. Investir nos colaboradores é refletir sobre quais são os conteúdos certos para cada área, mas também dar a possibilidade de feedback e mostrar como a empresa se preocupa em ouvir e entender o que o funcionário acha sobre o assunto”, conta o executivo.
Hoje, o WhatsApp é o aplicativo mais presente nos smartphones brasileiros, segundo o Opinion Box. Com o crescimento da metodologia do nanolearning, a plataforma pode ser uma aliada no momento de promover treinamentos para os colaboradores.
“Além de ser uma ferramenta para conversa informal, as empresas podem promover treinamentos por WhatsApp. A inteligência artificial é uma tecnologia que ajuda a padronizar as mensagens e o seu uso em ferramentas conversacionais é promissor. Segundo estudo Generative AI in Mobile Messaging, do Juniper Research, o mercado de IA Generativa em aplicativos móveis tende a crescer 1.250% até 2028, alcançando o montante de US$ 11,2 bilhões”, informa Krutzinna.
As chamadas pílulas de conhecimento, parte da metodologia nanolearning, são fragmentos de um conteúdo visando um fenômeno do mundo atual: a economia da atenção.
“Hoje, há uma dificuldade em focar em um assunto por um longo período de tempo. Qual é a melhor forma para engajar uma pessoa em um conteúdo e, ainda sim, conseguir metrificar esse aprendizado? Tecnologias emergentes como a inteligência artificial serão cada vez mais poderosas aliadas para gerar isso para as organizações”, finaliza Jan.
Sobre a ChatClass
Com a missão de democratizar a educação de qualidade e otimizar os processos operacionais das organizações por meio do WhatsApp e do Instagram, a ChatClass é a startup pioneira em educação conversacional com uso de inteligência artificial. Sediada em São Paulo, foi fundada em 2014 pelo cientista da computação alemão Jan Krutzinna. A empresa já foi selecionada para programas de aceleração como IBM Hyper Protect Accelerator, Estação Hack (Facebook) e Google For Startups. Também já venceu prêmios internacionais de inovação na educação como TPrize (MIT) e Learning Engineering Tools Competition. Em 2021, foi eleita uma das dez edtechs mais inovadoras do mundo pelo ASU+GSV Summit. Mais de 750 mil pessoas foram impactadas pelas soluções da ChatClass desde a sua chegada ao mercado. Empresas como McDonald’s, 99, Grupo Pão de Açúcar, Stone, Natura, Faber-Castell, Cultura Inglesa e XP são clientes da ChatClass.