“A verdade é que a cultura da moda descartável está esgotando os recursos naturais e enchendo os aterros sanitários de resíduos. O melhor que podemos fazer é consumir menos ou consumir com qualidade e, principalmente, reutilizar mais. Aí entra a TROC!”, explica.
A TROC, por sua vez, é um brechó online, considerada a maior plataforma de moda circular do Brasil. “Recebemos todas as peças e analisamos individualmente. Depois colocamos à venda aquelas que têm qualidade, garantindo uma excelente experiência para os dois lados. É seguro e prático para quem vende e uma verdadeira oportunidade para quem compra. É um consumo consciente fazendo valer a produção daquela peça”, salienta.
Por que empresas devem investir no consumo consciente?
O primeiro e o mais importante dos pontos é a questão ambiental. O modelo atual é consumista e pressiona os recursos naturais. De acordo com Luanna, a indústria da moda consome principalmente recursos não renováveis. São cerca de 98 milhões de toneladas por ano, incluindo a produção de matérias como o óleo para as fibras sintéticas, fertilizantes para cultivar algodão e produtos químicos para produzir, tingir e finalizar fibras e têxteis. “O que agrava ainda mais esse cenário são as baixas taxas de uso das roupas e também baixos níveis de reciclagem”, coloca.
Outro ponto é que as novas gerações de consumidores também estão muito atentas com a cadeia produtiva da moda e dos mais diversos setores. “Costumo dizer que são pessoas que já nasceram “shipadas” com a questão do consumo consciente. Então, se não por uma questão genuína de cuidado com o meio ambiente, terá que ser por uma demanda dos consumidores”, afirma.
Luana também acredita que a moda circular é um nicho em ascensão. Além dos seus próprios números, há uma movimentação no mercado como um todo. Em um relatório apresentado pela thredUP, o mercado de segunda mão online deve crescer 69% entre 2019 e 2021, enquanto o setor de varejo em geral deverá diminuir 15%. Estima-se que, até 2033, roupas usadas representarão mais de 50% do armário do consumidor.