Mais de 740 startups estão desenvolvendo soluções em ESG no Brasil

20/5/21
|
Publicado por 
Redação Start

Estes negócios já movimentaram US$ 991 milhões nos últimos 10 anos

Mais de 740 startups estão desenvolvendo soluções em ESG no Brasil
Mais de 740 startups estão desenvolvendo soluções em ESG no Brasil

O movimento ESG — Environmental, Social and Governance — está ganhando cada vez mais relevância no Brasil e no mundo. Além de uma pauta social, investidores e consumidores estão pressionando grandes empresas para se adequarem a critérios mais sustentáveis, de menor impacto ambiental e governança mais transparente. As startups não ficariam de fora deste movimento: mais de 740 startups mapeadas pelo Distrito estão desenvolvendo soluções em ESG.

Muitas delas, inclusive, usam expertise e tecnologia para ajudar grandes corporações a se adequarem a esses critérios. Estes negócios já movimentaram US$ 991 milhões nos últimos 10 anos. Mais de 70% do volume investido no último ano foi direcionado para a categoria Social, que também é a maior em número de startups (36%).

Atualmente, o mercado de ativos ESG está estimado no valor superior a US$30 trilhões de acordo com o levantamento da Bloomberg. Estimativas da empresa apontam para um montante global de US$ 53 trilhões de investimentos até 2025.

Movimento ESG no Brasil

O debate mundial sobre sustentabilidade e responsabilidade corporativa como um pilar do desenvolvimento sustentável desde a década de 70 se estabeleceu no Brasil com a Conferência da ONU sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, a Eco-92. Sediada no Rio de Janeiro em 1992, a conferência mundial teve como principal objetivo debater soluções que quebrassem a falsa ideia de que não se pode ter crescimento econômico e preservação ambiental.

Diante do forte processo de globalização, os países mais desenvolvidos começaram a perceber os impactos degradantes no meio ambiente e na sociedade industrial. Assim, a Eco-92 foi a segunda conferência desse tipo, sendo a primeira a Conferência de Estocolmo na Suécia, em 1972.

De acordo com o levantamento no Morningstar e Capital Reset, os fundos ESG no Brasil captaram R$ 2,5 bilhões em 2020, sendo que mais da metade dos fundos foram criados nos últimos 12 meses. Esta é mais uma evidência de que o Brasil está se preparando para se adaptar às novas necessidades impostas pelo mundo do desenvolvimento sustentável e ESG.

Mais de R$ 10 bilhões emitidos em títulos ESG

Os títulos sustentáveis são de renda fixa, onde o valor arrecadado é empenhado para projetos com propósito de ter impacto positivo nas frentes ESG. Na B3, eles estão divididos em 4 categorias: Títulos Verdes, Títulos Sociais, Títulos de Sustentabilidade e Títulos vinculados à Sustentabilidade (SBL); cada uma dessas categorias está voltada para uma natureza de projeto diferente.

Em 2020, as emissões de títulos ESG registrados na B3 somaram R$ 5,3 bilhões em 18 emissões (13 debêntures, um CRI e 4 CRAs) de 12 empresas. No mesmo ano, as emissões de títulos temáticos ligados à sustentabilidade no mercado brasileiro somaram US$ 5,3 bilhões, superando em 26% o valor de 2019, de acordo com o levantamento da Sitawi Finanças do Bem.

740 startups com soluções em ESG no Brasil

Essas empresas de tecnologia não necessariamente são ESG, suas soluções sim. De acordo com estudo da 500 Startups, com fundadores de cerca de 100 startups, em que mais de 50% das startups eram early stage (startups em estágio inicial), 69% dos fundadores respondeu que acredita que implementar políticas, métricas e iniciativas ESG em suas startups deve impactar positivamente suas vendas e 91% acreditam que essas medidas e este posicionamento ajudam a startup a reter e atrair novos talentos.

Do mesmo estudo: 66% dos fundadores afirmaram ter trabalhado em suas startups ao menos uma iniciativa com foco em ESG no ano de 2020. Da parcela que não atuou nessa frente, 37% responderam que estão em estágio inicial de mais e 20% que os investidores não se preocupam com isso.

Confira mais posts do Start