Mercado de ensino à distância se fortalece durante pandemia

19/5/20
|
Publicado por 
Redação Start

HeroSpark e Gama Academy apostam em soluções de aprendizado por meio de plataformas virtuais

Mercado de ensino à distância se fortalece durante pandemia
Mercado de ensino à distância se fortalece durante pandemia

O Censo da Educação Superior, realizado pelo Ministério da Educação, indica que desde 2016 a matrícula em cursos EAD cresce mais de 5% ao ano. Com o isolamento social preventivo ao coronavírus, grande parte das modalidades de ensino precisaram migrar para o ambiente virtual. Essa mudança abrupta pode vir a fortalecer ainda mais o mercado de ensino à distância, principalmente na área de cursos técnicos.

Exemplo de solução digital para empreendedores que utilizam o talento de clientes como matéria-prima para construir um business online é a HeroSpark. A empresa nasceu da fusão entre Edools e EADBOX, startups que até então eram referência na área de edtechs. Elencada entre uma das 10 melhores startups do Paraná, a HeroSpark já conta com mais de 1.600 clientes, mais de seis milhões de alunos e está presente em 21 países.

A HeroSpark teve um aumento significativo em sua demanda durante a pandemia. O maior volume de buscas foi por parte de empresas, produtores ou pessoas que aplicavam seus cursos presencialmente e precisavam se adaptar.

De acordo com o time de tecnologia, “o aumento foi brutal em relação ao processamento e chegou a ter mais de 11 milhões de acessos simultâneos”. Só no último mês, chegaram mais de 800 mil alunos.

mg 1836 letícia rodrigues easy resize com

Por conta da quarentena, a empresa liberou ferramentas e um curso de marketing digital gratuitamente. Além disso, também desenvolveram uma solução totalmente gratuita para escolas públicas e organizações sem fins lucrativos. A solução viabiliza o ensino a distância e a implementação acontece em até dois dias.

Outra startup de educação que cria programas educacionais para carreiras do futuro, nas áreas de programação, design, marketing e vendas, é a Gama Academy. Atualmente, possuem 650 clientes no setor B2B e mais 2.600 no B2C. A Gama foi fundada em 2016 por Guilherme Junqueira - administrador e um dos fundadores da Associação Brasileira de Startup (ABStartups). O empreendedor percebeu a dificuldade de contratar profissionais qualificados para as empresas e também reparou que as vagas de TI das startups ficavam muito tempo abertas. Um dado interessante da startup é que cerca de 90% dos alunos da Gama são empregados logo no final dos programas educacionais.  

guilherme junqueira gama academy

Durante a pandemia, a startup precisou promover adaptações no Gama Experience - programa de formação de profissionais para o mercado digital em cinco semanas. Dado o seu modelo de ensino híbrido com treinamentos presenciais aos sábados, a empresa se adaptou para um modelo 100% online mantendo sua experiência e didática inovadora. O modelo online também abriu uma possibilidade de formação de profissionais de diversas regiões do Brasil e até de outros países, como uma aluna da Inglaterra e outra de Portugal. Conforme a Gama, houve um aumento de 10% de interesse no novo formato em comparação com as edições presenciais.

Não basta apenas migrar para o digital

Para Junqueira, essa adesão representa o crescimento que o ensino à distância já estava tendo. “Tanto é que houve uma nova regulação do MEC para descentralizar um pouco mais essas operações, possibilitando mais acesso à população distribuída no Brasil como um todo. O que aconteceu pós pandemia foi de fato o acesso que virou quase uma única opção, porque as pessoas não podem parar de aprender”, opina.

O empreendedor também salienta a importância de pensar na experiência do design de aprendizagem. “Muitas empresas estão achando que transformar aulas que eram presenciais em modelo online acaba simplesmente resolvendo o problema. Enquanto não, você não resolve o problema, é a mesma situação de ter uma loja offline e tentar vender da mesma forma, são experiências e modelos diferentes”, frisa.

A partir disso, a startup recomenda algumas dicas para empresas que precisam se adaptar durante esse momento. “Nossa recomendação é pensar em momentos que são gravados para fixar conceitos e teorias, mas também em momentos síncronos, com aula ao vivo, dúvidas e mentoria para que as pessoas interajam. Desafios que tangibiliza aquele conhecimento teórico em algo prático, que coloque a mão na massa e faça projeto podem ajudar. Só assim o EAD realmente vai ser interessante para quem aprende e extremamente engajador para aquelas pessoas que ensinam”, completa.

Confira mais posts do Start