Mercado de nicho: a importância da especialização para o diferencial competitivo

2/9/21
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Publicado por 
Redação Start

Conheça o Studio Ginger, que trabalha com fotografias, cursos e mentorias voltados para a área da gastronomia

Mercado de nicho: a importância da especialização para o diferencial competitivo
Mercado de nicho: a importância da especialização para o diferencial competitivo

Produção guiada, cursos e mentorias, locação e acervo. Esses são alguns dos elementos oferecidos pelo Studio Ginger para interessados em fotografias e vídeos voltados para a gastronomia. Idealizada pela fotógrafa Luise Bresolin, a empresa aposta em um mercado de nicho para criar o seu diferencial competitivo.

Antes de criar o Studio, Luise passou pela área da saúde, trabalhou em uma programadora de TV, finalizou documentários como colorista e trabalhou com publicidade, até que foi convidada para fazer vídeos de receitas para um canal no YouTube. “Eu gostei tanto daquilo, fez tanto sentido pra mim, que desde então fui tentando pegar mais trabalhos de gastronomia e menos de outros tipos de vídeo. Isso faz mais de 10 anos”, conta.

De uns anos pra cá, passou a estudar sobre food styling e encontrou uma linha de fotos que gosta de fazer. “Demorou muito para que eu conseguisse atender só gastronomia e bebidas, que é como atuo hoje, tanto com fotos como com vídeos. Foi um processo bastante orgânico, de descobertas, de estudar muito por conta, de sentir o que fazia sentido pra mim e de ir construindo a minha visão pela tentativa e erro e procurando feedbacks das minhas criações”, comenta.

Além da paixão pela fotografia gastronômica, Luise percebeu que não havia um trabalho parecido com o seu no mercado, encontrando assim o seu diferencial. “O mais próximo que encontrei foi na linha de influenciadores digitais/bloggers de gastronomia, que são cozinheiros e viraram fotógrafos, ou vice versa, e que tem essa pegada de food styling muito forte e que, hoje, são a minha principal fonte de inspiração”, relata.

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Para manter o diferencial, Luise apostou em especializações. “Acredito que quanto mais a gente se especializa em um assunto, melhor a gente consegue ser nele, principalmente por dedicarmos mais tempo a aprimorar as técnicas específicas do nicho. Se especializar também ajuda a aprimorar o fluxo de trabalho, pela experiência adquirida”, afirma.

Para ela, ter um foco específico e ser especialista em algo auxilia em um ramo que possui tanta competitividade, como é a fotografia. “Quando eu passei a oferecer um serviço mais específico, senti que tive menos concorrentes e mais parceiros. A competitividade é menor no sentido que menos empresas oferecem o mesmo serviço e abre caminho para parcerias no sentido que, com mais frequência, precisamos de apoio para atender demandas mais específicas dos clientes”, salienta Luise.

Cursos e mentorias como parte do negócio

Além de trabalhar com fotografia de nicho, Luise aposta em cursos e mentorias como parte do seu negócio. Essa necessidade foi identificada em uma consultoria de negócios que a empreendedora fez em 2020. “Tirei 40 dias de férias, que foram dedicados a pensar e remodelar o negócio, e a ideia dos cursos e mentorias foi pensando em atender uma maior gama de clientes. A gente sabe que a presença no online é essencial para os negócios de gastronomia, e essa demanda foi muito pensada para os pequenos negócios que fazem suas próprias fotos, seja por opção ou por necessidade, e precisam ter um material de qualidade para serem mais competitivos”, aponta.

A ideia foi de ajudar o pequeno empreendedor a viabilizar a produção de material de divulgação de mais qualidade. “O que eu percebi desde que lancei o serviço é que não apenas esse público se interessou, mas também fotógrafos que estão em busca de conhecimento de nicho, e também pessoas que trabalham com mídias sociais e que fazem as fotos in loco para os seus clientes, que procuram mais o formato de mentoria”, destaca.

Os cursos são montados sob demanda, no formato online ou na sede de Luise em Porto Alegre, com até três pessoas por vez. “O pessoal procura mais pela parte prática mesmo, como tirar melhor proveito do seu equipamento, a parte de iluminação, enquadramentos e composições. Resumindo, elas vêm em busca do operacional, de confiança para olhar para uma comida ou bebida e saber como fazer fotos dela. Mas a gente acaba sempre abordando também questões menos óbvias e não menos importantes, como o planejamento e o fluxo de trabalho, e também o food styling, tanto da comida em si como do cenário”, explica.

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