Hacktown 2022: 5 reflexões sobre o futuro da inovação

12/10/22
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Redação Start

Líder de Inovação da ioasys esteve no evento e traz importantes insights sobre o tema

A ioasys,  empresa que potencializa a transformação digital em organizações por meio da cocriação orientada por tecnologia, inovação e design, participou do Hacktown 2022, maior Festival de Inovação, Tecnologia, Criatividade e Música da América Latina, na última semana. A Líder de Inovação da empresa, Jess Comin, analisou pontos sobre o futuro do mercado de inovação e transformação digital e reuniu 5 insights sobre o evento.
“A versão mineira do South by Southwest trouxe como principais assuntos diversidade, ESG, future foods e Web 3. O que já dá uma pista de pra onde estamos caminhando, né? Como profissional de inovação e questionadora por natureza, entendi muitos aspectos que precisam ser percebidos como fundamentais para empresas que querem investir em inovação e transformação digital”, salienta Jess Comin.

1. Tecnologia como meio: Qual nosso papel na 're-percepção' da Transformação Digital?

A Líder de Inovação da ioasys afirma que, se em eventos anteriores, grande parte das atividades eram voltadas para literacia digital, nesse ano ficou claro que a nova onda da tão falada Transformação Digital não é sobre tecnologia, e sim sobre pessoas.
“Segundo Marcelo Pivovar, CTO da Oracle, hoje o digital já é um commodity, e todas as empresas são, ou deveriam ser, de tecnologia. Então, como podemos usar esses recursos para criar realidades positivas? Acredito que estamos em um período de transição, ainda inédito e cheio de incertezas e, com o sofrimento gerado pelo aumento da aceleração da velocidade da mudança, se torna cada vez mais necessária a discussão de novas formas de se trabalhar, afinal, governança, cultura e comunicação sustentam toda estratégia de transformação”, relata Jess.
A profissional reforça que é preciso re-perceber o futuro para influenciá-lo e criar futuros desejáveis. “É preciso buscar soluções efetivas e coletivas, e isso implica compreender a tecnologia como um MEIO, não mais como um FIM. Será que o ápice da Transformação Digital já passou e, na verdade, deveríamos focar na Transformação Humana?”, completa.

2. Inovação (aberta) fechada: Será que estamos inovando sobre como inovar?

Comin lembra que, praticamente todas as palestras do festival que abordaram a temática de Inovação Aberta e Ecossistemas de Inovação, focaram, principalmente, na colaboração com e entre startups. “O que faz muito sentido, considerando o viés de público do festival. É inegável o valor em modelos colaborativos de desenvolvimento e troca de conhecimentos, mas será que estamos explorando todo o potencial possível desse conceito? Inovação aberta é sobre expandir e alavancar as capacidades internas da própria organização por meio de entidades externas. Ele reforça o cuidado que devemos ter para não, erroneamente, utilizarmos o termo em processos de terceirização da Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), que podem, inclusive, nos deixar dependentes de startups como fornecedoras”, explica.
A especialista ainda questiona o assunto do momento, que é colaboração: como empresas complementares - ou até mesmo rivais - podem realizar ações conjuntas de Inovação Aberta, para colher resultados que gerem maior impacto positivo na sociedade? “Se o conceito de "coopetição" já uniu até a Samsung e Apple em um mesmo desafio, porque não apostar mais em parcerias inusitadas?”, pergunta.

3. Experiências digitais 101: Em um mundo complexo, como inovar no básico?

“É importante saber diferenciar novidade de inovação. O Braden Kelley defende que, enquanto invenções são orientadas por ideias, inovações são orientadas pela execução, afinal, elas devem gerar valor. E, nesse sentido, achei interessante a brincadeira que a Carolina Falcoski, gerente de Inovação Aberta da Nestlé, fez em sua palestra, de que ela não quer mais "projetos no gerúndio", aqueles projetos que estão "sempre indo", mas que não entregam resultados”, avalia Jess Comin.

Muito se fala sobre o quanto uma boa estratégia de gestão da inovação corporativa é importante e muitas são as empresas que querem ter uma ideia foda e disruptiva que mude o mercado. Mas será que todo mundo percebe o valor de fazer o básico bem feito? “Olhar e investir no futuro é sim essencial, mas, nessa era de valorização dos produtos digitais, experiência é a palavra chave. O questionamento principal que o mercado enfrenta agora é, como melhorar a experiência do consumidor de forma contínua?”, destaca.

4. O poder das comunidades: Quem terá um lugar à mesa para co-criarmos o futuro?

Enquanto a palavra "futuro" foi mencionada mais de 140 vezes na programação do festival, a palavra "comunidade" apareceu mais de 80 vezes, junto com todas as variantes de "co-criar" e "colaborar".
“Não dá pra pensar no futuro sem ser de forma colaborativa, principalmente em um mundo cada vez mais interdependente. Com o aumento da descentralização, o poder das comunidades é evidente, mas, além disso, fiquei muito feliz de ver que, com mais de 20 palestras na temática de Diversidade e Inclusão, o Hacktown também quis nos lembrar da importância de trazer diferentes pontos de vista ao construirmos um futuro que deve ser para todos”, afirma Jess Comin, Líder de Inovação da ioasys.

5. Meta Economia além do Hype: Como podemos trabalhar a inclusão digital de forma intencional?

Segundo a profissional, o festival teve um espaço apenas focado em novas tendências econômicas, o Meta Economy Forum. “Achei muito interessante que os conteúdos sobre metaverso, NFT e blockchain, no geral, encorajavam as pessoas a irem além do hype das novas tecnologias para de fato questionar suas implicações na sociedade. Com a Web 3 ainda tão incipiente, gostei de ver tantos debates e diálogos sendo abertos, considerando tanto visões positivas quanto negativas do tema, afinal, é importante questionar nossa responsabilidade na criação desse novo universo, já que a Inovação acaba assumindo um papel de ferramenta de transformação da realidade”, avalia.
Ainda sobre Meta Economia, um dos temas fortes foi DAOs (Decentralized Autonomous Organizations), já que até o presidente do Banco Central do Brasil disse acreditar que a sociedade está caminhando para uma economia tokenizada.
O conceito de organização autônoma com um sistema descentralizado de gerenciamento sempre existiu, mas o que não existia antes era a tecnologia por trás, impulsionando seu ganho em escala. É justamente esse potencial de descentralização do poder que pode ser um ponto de alerta para muitas empresas. Muito ainda tem que ser debatido a respeito delas, e é importante acompanhar essa discussão de perto, mas, vale lembrar também que, enquanto o Brasil é o 7° país que mais usa ativos digitais, segundo o IBGE, 30 milhões de brasileiros ainda não têm acesso à internet”, finaliza Jess.

Sobre a ioasys

A ioasys potencializa a transformação digital em organizações por meio da cocriação orientada por tecnologia, inovação e design, norteada por agilidade e dados, sempre centrada em pessoas. A equipe recebe demandas dos mais diversos segmentos e áreas corporativas, e realiza não só a entrega de soluções e produtos digitais, mas também é parceira no desenho da estratégia de transformação, estudos de mercado e tendências, formação e capacitação de times, com uma entrega ágil de ponta a ponta. Foi fundada em Belo Horizonte em 2012 por Walter Neto e Gilson Vilela Jr. Em maio de 2021, passou por um processo de M&A sendo adquirida pela Alpargatas. Nos seus dez anos de existência, já promoveu a transformação digital em grandes clientes como Banco Inter, Basf Agro, Havaianas, Suvinil, Burger King, Havan, Americanas, Latam Airlines, VR Benefícios, Fleury, CVC e Vale.

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