O futuro do leite no Brasil: inovação e sustentabilidade na cadeia produtiva

19/8/24
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Redação Start

De tecnologias pioneiras a leites diferenciados, as empresas Suport D Leite e Fazenda Trevisan trazem soluções inovadoras para um setor em constante evolução

Foto: Divulgação
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A inovação na cadeia produtiva do leite está trazendo benefícios econômicos e sociais para o Brasil, especialmente quando se considera que o país é o terceiro maior produtor mundial de leite, com uma produção anual de cerca de 34 bilhões de litros, segundo dados do Ministério de Agricultura e Agropecuária. Pesquisas focadas na qualidade do leite, desenvolvimento de medicamentos e novas tecnologias têm se tornado essenciais para manter a competitividade e a sustentabilidade do setor.

A Suport D Leite, startup brasileira, se destaca por buscar aprimorar a nutrição e promover o consumo de leite por meio de práticas sustentáveis, desde a produção até a mesa do consumidor. Denize da Rosa, CEO e fundadora da empresa, compartilha a importância da inovação para a qualidade do leite e para a vida dos animais.

Uma das inovações destacadas por Denize é o desenvolvimento de um teste que verifica qual antibiótico deve ser utilizado quando uma vaca apresenta mastite, uma inflamação da glândula mamária que afeta a produção de leite. Segundo Denize, esse teste é crucial para evitar a formação de superbactérias, que poderiam contaminar o leite e, consequentemente, a saúde humana. 

“Melhora a segurança, a nutrição, a qualidade do leite e a produtividade. Para o produtor, evita gastos com medicamentos desnecessários e a perda de leite. Enfim, é o cuidado que a gente sempre tem que ter com a qualidade do leite, porque é um produto que chega diretamente à nossa mesa”, destaca.

A Suport D Leite também se posiciona como um elo entre diversas partes da cadeia produtiva.

“Temos convênio com várias outras empresas do setor de laticínios, fábricas de ração, empresas de medicamentos, agropecuárias, cooperativas, instituições de pesquisa, ensino e extensão. Conseguimos fazer essas interações e auxiliar no desenvolvimento de projetos inovadores para essas empresas que pretendem trabalhar com inovação”, reforça Denize.

Além disso, a startup tem colaborado com diversas instituições em projetos de pesquisa. Um dos projetos de destaque é a fotobiomodulação para tratamento de mastite, uma tecnologia pioneira no mundo. Denize explica que essa técnica, desenvolvida em parceria com uma empresa americana, utiliza um laser de baixa frequência para melhorar a imunidade das vacas, eliminando a necessidade de medicamentos.

“Esse experimento foi conduzido em duas propriedades no Rio Grande do Sul e está em andamento. A ideia é, no futuro, integrar essa tecnologia aos equipamentos de ordenha”, comenta.

Outro projeto inovador desenvolvido pela Suport D Leite envolve o uso de aditivos na dieta das vacas para melhorar a imunidade e a qualidade do leite. Este aditivo, desenvolvido pela Vital Tech do Brasil, trabalha com o conceito de nutrição terapêutica, promovendo a saúde dos animais por meio de sua alimentação.

Denize reforça a importância de utilizar antibióticos de forma correta para evitar o desperdício de leite contaminado, o que, além de ser uma fonte de contaminação ambiental, representa perdas econômicas significativas.

“Quando uso antibiótico de forma correta, evito o desperdício de alimentos. O leite contaminado precisa ser descartado, o que gera desperdício e impacto ambiental. Usar antibióticos adequadamente contribui para a sustentabilidade ambiental, além de aumentar a produtividade e gerar ganhos para os produtores”, destaca.

A inovação e o compromisso com a qualidade são os principais pilares de empresas que atuam na indústria do leite e derivados, em meio a busca pela transformação do setor de produção leiteira no Brasil. Assim como a Suport D Leite, que desenvolve soluções tecnológicas para otimizar a produção e garantir a sustentabilidade no agronegócio, a Fazenda Trevisan aposta na excelência do leite Tipo A e na diferenciação do leite A2A2, atendendo às demandas de um mercado cada vez mais exigente e preocupado com a saúde e o bem-estar. Ambas as empresas mostram como é possível aliar tradição e tecnologia para oferecer produtos de alto valor agregado e que contribuem para a evolução da indústria leiteira no país.

A Fazenda Trevisan Agropecuária e Indústria, localizada na Vila Jansen, em Farroupilha, tem se destacado como uma referência na produção de leite de alta qualidade no Brasil. Com mais de dez anos de tradição na produção leiteira, a fazenda iniciou, em 2018, suas atividades industriais, focando na produção e envase de leite Tipo A.

"Hoje somos uma das mais modernas plantas de industrialização de leite do Brasil", destaca a assessoria de imprensa da fazenda, ressaltando o compromisso com a qualidade e a segurança alimentar.

Segundo a assessoria, o leite Tipo A, produzido na Fazenda Trevisan, é reconhecido por sua pureza e rigorosos padrões de qualidade. A assessoria explica que é um leite fresco, com a menor taxa de microrganismos por mililitro, produzido seguindo normas de higiene que vão desde a alimentação e alojamento do rebanho até a ordenha, pasteurização e envase.

"O leite Tipo A não tem contato manual nem com o ar, sendo 100% extraído e processado de forma mecânica. Isso garante um produto extremamente seguro, livre de patógenos, e que precisa ser mantido refrigerado desde a produção até o consumo final”, apontam.

Outro destaque da Fazenda Trevisan é a produção de leite A2A2, um tipo específico de leite que traz benefícios adicionais para a saúde, especialmente para pessoas com dificuldades digestivas relacionadas ao consumo de leite comum.

"O leite A2A2 é produzido por vacas homozigotas para o alelo A2 da Beta-caseína, e durante sua digestão não produz a beta-casomorfina-7 (BCM-7), que causa desconfortos intestinais em algumas pessoas", esclarece a fazenda. 

Esse leite, além de ser mais fácil de digerir, pode auxiliar na imunidade e é uma opção para uma parcela maior da população que enfrenta problemas com o leite comum. A história da produção do leite A2A2 na Fazenda Trevisan começou em 2016, enquanto o laticínio ainda estava em construção. Após pesquisas sobre a demanda desse tipo de leite em mercados internacionais, a fazenda decidiu investir na reprodução de vacas A2A2. 

"Iniciamos a utilização de touros exclusivamente A2A2 na reprodução das fêmeas bovinas, processo realizado através de inseminação artificial. Com o tempo, a fazenda avançou para técnicas de transferência de embriões (TE) e fertilização in vitro (FIV) para acelerar o processo, garantindo que todos os animais do rebanho fossem A2A2", explica a assessoria.

Hoje, a Fazenda Trevisan conta com um rebanho 100% composto por vacas da raça holandesa, todas homozigotas A2A2, o que assegura a padronização da matéria-prima e elimina a necessidade de segregação do rebanho ou separação do leite produzido.

"O mercado demanda por um produto diferenciado, de alta qualidade, seguro, que promova o bem-estar animal e seja ambientalmente sustentável", ressalta a assessoria.

Todos os produtos da fazenda, incluindo leite, creme de leite e iogurtes, são feitos exclusivamente com leite Tipo A e A2A2, proporcionando ao consumidor final uma experiência nutritiva, segura e inovadora.

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