O que as empresas com o selo Great Place to Work têm em comum?

6/9/22
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Publicado por 
Redação Start

Confira insights de líderes de empresas que possuem a certificação

O que as empresas com o selo Great Place to Work têm em comum?
O que as empresas com o selo Great Place to Work têm em comum?

O projeto Great Place to Work, criado na década de 80 pelo jornalista Robert Levering, nasceu com o objetivo de desvendar o que tornava uma empresa boa ou ruim para se trabalhar. Anos depois foi criada uma premiação com o mesmo nome, focada em classificar e reconhecer companhias que ofereciam um ambiente de ofício saudável e agradável para seus colaboradores.

De lá para cá muitas coisas mudaram e o conceito do que seria um bom lugar para se trabalhar passou por diversas transformações, influenciadas, principalmente, pelos avanços tecnológicos e mudanças comportamentais da sociedade. O que fazia sentido no começo dos anos 2000 já não faz mais, e vemos cada vez mais o RH e os líderes e gestores se reinventando para acompanhar essas mudanças.

Porém, mesmo depois de tantos anos, alguns requisitos permaneceram intactos: para ser uma boa empresa no ponto de vista dos funcionários, é preciso oferecer um ambiente propício para trocas positivas e benéficas, de confiança e que coloque as pessoas no centro do negócio.

Pensando nisso, líderes de empresas que possuem o selo Great Place to Work listaram seis características essenciais para aqueles que desejam alcançá-lo. Confira:

Ouvir as equipes

Ainda que existam diversos motivos que influenciam na conquista da certificação GPTW, ouvir as pessoas ainda é um dos pontos principais e mais significativos. “É muito importante termos em mente que esse selo é consequência de uma profunda pesquisa de clima com uma metodologia globalmente reconhecida e baseada, 100%, na experiência das pessoas que atuam numa organização. Se posso dar uma dica para as companhias que estão buscando essa certificação, diria que para investir tempo para ouvir as pessoas de forma estruturada e profunda. Só dessa forma podemos promover um ótimo lugar para se trabalhar, e o selo é uma consequência positiva disso”, analisa Jaqueline Reis, CPeO no grupoQ.

Compromisso com a diversidade

Outro fator que destaca as empresas e as transformam em um ótimo lugar para se trabalhar é a busca e celebração da diversidade. Para Mateus Magno, CEO da Sambatech, edtech que tem como propósito levar o conhecimento a todos os cantos do país, essa pauta é extremamente importante e deveria ser prioridade dentro das organizações.

“Nossa sociedade é diversa e precisamos nos esforçar como líderes para trazer essa realidade para o ambiente corporativo. O compromisso com a diversidade é, antes de tudo, um comprometimento com a inclusão e equidade, e todos saem ganhando quando há um engajamento real em trazê-la para dentro de casa”, revela Magno.

Adoção de práticas de employer branding

Muitas empresas focam na marca apenas em ações voltadas para os clientes e se esquecem de olhar para os próprios colaboradores. Afinal, eles também precisam entender o funcionamento da companhia e se sentir como parte da engrenagem. Rafael Gianesini, CEO e cofundador da Cidadania4U, acredita que o investimento em marca empregadora é obrigatório para a empresa que quer acompanhar de perto a evolução das necessidades dos colaboradores.

“É importante ressaltar que não é necessária a criação de um departamento especificamente voltado para o employer branding. Basta incorporá-la em ações de RH, comunicação interna e até mesmo no treinamento de líderes para que eles sejam capazes de estimular o engajamento entre todos os membros da equipe. O importante é saber ouvir, de forma ativa, todos aqueles que contribuem para o sucesso do negócio”, comenta.

Apostar na cultura “Speak Up”

Todo colaborador já passou por uma situação em que sentiu receio em expor suas ideias por medo de ser mal interpretado por seus colegas de trabalho e até superiores. Como forma de reverter esse cenário, as empresas podem adotar políticas capazes de tornar o trabalho um local mais acolhedor.

“A cultura de Speak Up, por exemplo, tem como objetivo trazer mais conforto para o ambiente corporativo. Afinal, no momento em que o colaborador passa a se sentir confortável com o ambiente à sua volta, ele passa a compartilhar ideias que podem ser imprescindíveis para o crescimento do negócio. Quem está na linha de frente do trabalho, vive o negócio diariamente, atende clientes e depende de um modelo de gestão eficiente, certamente terá boas ideias para resolver problemas pontuais e aparar arestas”, analisa Eduardo Tardelli, CEO da upLexis.

Investir nos colaboradores

O mercado de trabalho tem se atualizado constantemente para oferecer uma série de soluções inovadoras capazes de estimular a motivação e a qualificação para todos os colaboradores. E, agora, as empresas que implementam ações como planos de carreiras, incentivo à educação, treinamentos e palestras acabam saindo na frente. “No momento em que oferecermos bons benefícios para os nossos colaboradores, também estaremos investindo na nossa própria empresa. Afinal, o nosso sucesso está diretamente ligado à satisfação dos nossos ativos mais valiosos - os colaboradores – e, sem eles, nós não chegamos a lugar algum”, comenta Leandro Campos, CEO da Nvoip.

Realizar pesquisas internas e feedbacks constantemente

Tão importante quanto realizar pesquisas externas com os clientes e parceiros, é aplicá-las também com os colaboradores. Isso porque por meio das informações obtidas é possível fazer um realinhamento de objetivos e expectativas de ambos os lados. “As empresas precisam estar atentas ao que os profissionais estão sentindo em relação ao trabalho para que possam melhorar constantemente os processos do dia a dia e garantir que estejam motivadas. Conversas e pesquisas frequentes são as melhores formas de reter talentos e entender os anseios, dúvidas, inseguranças e objetivos dos colaboradores”, afirma Armindo Sgorlon, CEO da SGA TI e Nuvem.

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