Palco Negócios Conscientes destaca o papel da inteligência emocional nas organizações
Palestra com Alessandra Gonzaga integra programação de espaço oferecido por Sicredi e Icatu Coopera.
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Mais do que buscar lucro, as empresas de hoje precisam construir relações que façam sentido para as pessoas e para a sociedade. Por isso, modelos de negócio que equilibram resultado, propósito e desenvolvimento humano são cada vez mais valorizados. Com esse enfoque, o Sicredi e a Icatu Coopera retornam ao Gramado Summit, promovendo, mais uma vez, o Palco Negócios Conscientes.
Idealizado por meio das cooperativas Sicredi Pioneira, Origens, Caminho das Águas e Serrana, além da Central Sicredi Sul/Sudeste, o espaço busca ampliar o debate sobre como as organizações podem se preparar para desafios e oportunidades do presente e do futuro.
Neste ano, uma das palestras que mais dialogam com isso é a da professora e especialista em inteligência emocional, Alessandra Gonzaga. Com o tema “Conectados: Competências Socioemocionais na Era do Caos”, ela propõe uma reflexão sobre como liderar com mais humanidade em um mundo marcado pela hiperconexão, transformação constante e ascensão da inteligência artificial.
“A principal mensagem que quero transmitir é que, para prosperar em ambientes de mudança contínua, precisamos nos reconectar com nós mesmos, com os outros e com o propósito do trabalho. A inteligência emocional não é um ‘plus’, é essencial para atravessar incertezas, liderar com autenticidade e gerar impacto com humanidade”, afirma.
Segundo ela, em ambientes onde a tecnologia evolui rapidamente, habilidades socioemocionais são diferenciais estratégicos para profissionais e empreendedores. Essa visão está alinhada com a essência do Palco Negócios Conscientes, que promove discussões em três eixos: Cooperativismo, Futuros Possíveis e Gestão & Empreendedorismo. A ideia é inspirar líderes a construírem ambientes mais saudáveis, éticos e colaborativos.
“Em tempos de IA, não basta saber programar sistemas; é preciso saber reprogramar a si mesmo diante da pressão, da dúvida, da sobrecarga”, reforça, destacando que a inteligência emocional funciona como um “roteador interno” que organiza sentimentos e canaliza energia para decisões mais sábias. “Negócios mais humanos são feitos por pessoas que sabem o que sentem e dizem o que pensam com respeito e verdade”, complementa.
Já em relação à crescente presença da IA nas organizações, Alessandra reforça que a inteligência emocional será a base para manter relações mais humanas e empáticas. “A IA pode escrever e-mails e gerar relatórios. Mas não sente desconforto num silêncio difícil, nem percebe o peso no olhar de um colega. A inteligência emocional é o que manterá nossa humanidade ativa”, finaliza.
Entre os sinais de que uma liderança precisa desenvolvê-la estão: dificuldade de escuta, ausência de feedback construtivo e ambientes marcados pela baixa confiança e exaustão das equipes.